terça-feira, 22 de abril de 2008

DAGMAR BRAGA

CONSTRUÇÃO

Lanhada a pedra,
faço-me fio,
partilho, rasgo
entranha e estranho.

Quebrado o leme,
desoriento,
acolho vento,
maré e abismo.

Cavado o poço,
torno-me água,
mão retorcida,
lisura e barro.

Feito o silêncio,
lasso a palavra -
gume sequioso
de outra navalha.

Um comentário:

Anônimo disse...

muito bonito, dagmar! parabéns, gostei imensamente!
besos
líria