quinta-feira, 17 de abril de 2008

ELIANE ACCIOLY

A SURPRESA

O gato-maravilha que em mim morreu
muitas vezes retorna,
cara redonda e invisível

Sua sombra errante corre livre
na saudade de bandos vadios
arrepiando as ruas e as paredes
de meu corpo

Intumescente lábio de lua crescente
fixo só na aparência
ri de mim, Alice,
prisioneira dos contrários,
o país dos espelhos
onde me extravio

na aprendizagem banal e mágica
de ser sendo humana

Um comentário:

Anônimo disse...

querida conterrânea - gosto da tua escrita e tu sabes disto!
besos
líria