segunda-feira, 29 de março de 2010
Notícias de hoje!
Esta semana o Toque de Poesia homenageia
a poeta mineira Tânia Diniz e seu Mulheres Emergentes.
O programa vai ao ar na Rádio UFMG Educativa, 104,5 FM
às 8h30 com reprise as 23h45, durante toda essa semana.
www.ufmg.br/online/radio na internet
ou
104,5FM
no dial do seu rádio.
O VALEMAIS – Instituto Sociocultural do Jequitinhonha,
com sede em Belo Horizonte, elegeu sua nova diretoria para o biênio 2010/2011,
a qual tomará posse em
evento solene e festivo, a se realizar no
Lapa Multishow
na Rua Álvares Maciel, 312 , Santa Efigênia – telefone 3241-2074,
nesta capital, no dia 29 de março de 2010,
segunda-feira às 20 horas
com entrada franca.
Durante o evento haverá lançamento do projeto “Nosso Canto Vale Mais Jequitinhonha” e não faltará tempo para uma bela cantoria e intervenções poéticas.
Intervenção Poética: Brenda marques Pena, Clevane Pessoa, Lívia Tucci, Tânia Diniz, Bilá Bernardes, Gonzaga Medeiros, Cláudio Bento
Cantoria : Rubinho do Vale, Frei Chico, Pedro Moraes, Wilson Dias, Walter Dias, Arlindo Maciel, Gustavo Guimarães, Lígia Jacques, Carlos Farias, Lucinho Cruz, Joaci Ornelas, Bilora, Carlinhos Ferreira, Raphaela Magalhães e Maria Letícia
Você é nosso convidado, lembrando ser importante a sua presença, por comungar conosco os mesmos ideais de desenvolvimento de nossa região.
GONZAGA MEDEIROS
Diretor Executivo
NOVA DIRETORIA: Gonzaga Medeiros (Diretor Executivo); Tau Brasil (Adjunto); Jotaerre (Diretor Financeiro); Sther Cunha (Adjunta); Guilardo Veloso (Diretor Administrativo); Marina Jardim (Adjunta); Tadeu Martins (Diretor de Comunicação); Cláudio Bento (Adjunto); Conselho Fiscal Titular: Branco de Fátima, Érica Fran e Carlinhos Ferreira; Suplentes: Hígara Thayaga, Deyse Magalhães e Rozana Soares.
Vale Mais - Rua Silva Jardim 25, Fundos. Bairro Floresta. Belo Horizonte. MG. CEP:30150-010
(031)2526.1015 - valemaisjequitinhonha@gmail.com www.valemais.org.br
sábado, 27 de março de 2010
QUERIDOS,
estaremos recebendo as inscrições para o 5 concurso ME de minicontos e poesia, até o final da próxima semana, a do dia 31 de março.
Se estão com dificuldades de correio, garantam-se por e-mail e o restante será considerado, quando chegar por via postal.
NÃO DEIXEM DE PARTICIPAR!
Aqui,
um poeminha recebido de um novo amigo,
Pedrinho Renzi, de Araraquara, SP.
Ele o fez pensando no meu também amigo, Roberto Drummond, que já virou estrela!
olha aí:
tânia,
fiz este Poema há muitos anos atrás...
lembrando o mineiro ROBERTO DRUMMOND...:
PEDRINHOrenzi.
NEM EU NEM TU...
NEM O RABO DO TATU!
TUTU DE FEIJÃO?
SÓ CABOCLO NO CALDEIRÃO!
Bom final de semana, pessoal!
bjocas da tânia
Se estão com dificuldades de correio, garantam-se por e-mail e o restante será considerado, quando chegar por via postal.
NÃO DEIXEM DE PARTICIPAR!
Aqui,
um poeminha recebido de um novo amigo,
Pedrinho Renzi, de Araraquara, SP.
Ele o fez pensando no meu também amigo, Roberto Drummond, que já virou estrela!
olha aí:
tânia,
fiz este Poema há muitos anos atrás...
lembrando o mineiro ROBERTO DRUMMOND...:
PEDRINHOrenzi.
NEM EU NEM TU...
NEM O RABO DO TATU!
TUTU DE FEIJÃO?
SÓ CABOCLO NO CALDEIRÃO!
Bom final de semana, pessoal!
bjocas da tânia
quinta-feira, 25 de março de 2010
GENTE !!!!
Nem tenho palavras pra dizer como foi agradável,
delicioso, massagem no ego, mesmo,
o Sarau de ontem à noite, no Centro Cultural Urucuia!!!!!
Um público interessado e interativo,
a equipe do Centro Cultural, empenhada e gentil,
a exposição do Mulheres Emergentes está linda,
foi gratificante!
Deixo aqui meu agradecimento e carinho a todos.
tânia
delicioso, massagem no ego, mesmo,
o Sarau de ontem à noite, no Centro Cultural Urucuia!!!!!
Um público interessado e interativo,
a equipe do Centro Cultural, empenhada e gentil,
a exposição do Mulheres Emergentes está linda,
foi gratificante!
Deixo aqui meu agradecimento e carinho a todos.
tânia
quarta-feira, 24 de março de 2010
Boas notícias!!!
Hoje, a partir das 19hs,
bate-papo sobre poesia e ME, e
Sarau, comigo, Tânia,
lá no Centro Cultural Urucuia, pessoal! Apareçam!
E mais um delicioso e-mail recebido,
este do amigo, poeta,professor e escritor, Ronald Claver:
tânia,
os seus rituais comparecem em minha próxima oficina.
Bjs
0s contos são:
Pingos nos ii, Cuore e Ballerina, do livro Rituais, de Tânia Diniz: B.Hte. Editora Mulheres Emergentes Ed. Alternativas, 1997.
Voilá!!!
bate-papo sobre poesia e ME, e
Sarau, comigo, Tânia,
lá no Centro Cultural Urucuia, pessoal! Apareçam!
E mais um delicioso e-mail recebido,
este do amigo, poeta,professor e escritor, Ronald Claver:
tânia,
os seus rituais comparecem em minha próxima oficina.
Bjs
0s contos são:
Pingos nos ii, Cuore e Ballerina, do livro Rituais, de Tânia Diniz: B.Hte. Editora Mulheres Emergentes Ed. Alternativas, 1997.
Voilá!!!
domingo, 21 de março de 2010
Parabéns!!! Dia Mundial da Poesia!!!
O sarau do Centro Cultural Jardim Guanabara foi uma delícia!
O diretor, Vicente, pessoa finíssima! O público, uma graça!
Dia 24, próxima quarta-feira, mais um sarau, estarei no Centro Cultural Urucuia,19 horas...
Recebido da amiga Clevane Pessoa, divido com vocês,
e parabenizo os colegas poetas,
o texto enviado por Cláudio Bento.
Perdoem o visual, ainda continuo com dificuldades de postagem....
domingo 21 de Março: dia mundial da poesia -
a origem da data comemorativa
O poetamigo Claudio Bento, nos envia esse texto interessante, com a bela poesia visual ("Les jardins", onde a palavra é usada nas formas propostaa artista , Colette Bench (que não consegui copiar...):
21 de Março: dia mundial da poesia - a origem da data comemorativa
Por Dana Paulinelli
Em 16 de novembro de 1999, na 30a Conferência Geral da UNESCO, foi instituído o Dia Mundial da Poesia. Um título divertido, seja pela proclamação de um "dia mundial" (como se algum dia neste mundo não fosse mundial ou como se algum o fosse somente porque o estabelecemos como comemorativo), seja pela instituição de um "dia da poesia"(como se um único dia neste mundo pudesse ser desprovido de poesia: cômica, trágica, espiritual e erótica), seja pelo documento que justifica a comemoração da poesia (como se o ato poético precisasse dar razões para existir). Aqui no Imaginário comemoramos a poesia todo santo e poético dia, mas, diversões à parte, esta iniciativa de promoção da poesia é louvável e por isso divulgo uma tradução da seção do documento da UNESCO que trata do dito dia. Dia Mundial de Poesia Tendo considerado o documento 30c/82, sobre a proclamação de 21 de Março como Dia Mundial da Poesia, juntamente com a decisão da Diretoria Executiva sobre o assunto (157 EX/Decision 3.4.2.), Endossando as recomendações da reunião ad hoc, as conclusões que constam no documento 157 EX/9 que, seguindo uma análise detalhada do estado da poesia neste século que se encaminha para um próximo, considerou a proclamação de um dia para poesia com satisfação e entusiasmo. Convencida de que a iniciativa de organizar um evento mundial daria reconhecimento e novo ímpeto a movimentos nacionais, regionais e internacionais de poesia, Consciente de que este evento, que responde a necessidades estéticas no mundo de hoje, deve ter repercussões na promoção da diversidade linguística, desde que, através da poesia, línguas ameaçadas terão grandes oportunidades de se expressarem dentro de suas respectivas comunidades. Consciente também de que um movimento social para um reconhecimento de valores ancestrais implica um retorno à tradição oral e à aceitação da linguagem como um fator que contribui para a socialização e estruturação do indivíduo, e que tal movimento, que poderia ajudar os jovens a redescobrirem os valores básicos, lhes permite ficar cara-a-cara com eles mesmos. Recordando que, desde que a poesia é uma arte enraizada tanto no texto escrito quanto na palavra falada, qualquer ação para promovê-la deve ser propícia a uma intensificação de trocas interculturais e internacionais: 1. Proclama 21 de Março como Dia Mundial da Poesia; 2. Convida os Estados-Membros a participarem ativamente nas celebrações deste Dia, em nível local e nacional, com a participação ativa de Comissões Nacionais, organizações não-governamentais e instituições públicas e privadas interessadas (escolas, municípios, comunidades poéticas, museus, associações culturais, editoras, autoridades locais, e assim por diante); 3. Convida o Diretor-geral a encorajar e apoiar todas as iniciativas nacionais, regionais e internacionais tomadas a este respeito. Resolução adotada no relatório da IV Comissão na sessão plenária de 16 de novembro de 1999. _______
FONTE:
Records of the General Conference, 30th Session Paris, 26 October to 17 November 1999. Tradução (nada rigorosa) de dana paulinelli. Disponível na íntegra aqui. Enviada pelo poeta Cláudio Bento - poetabento@hotmail.com
O diretor, Vicente, pessoa finíssima! O público, uma graça!
Dia 24, próxima quarta-feira, mais um sarau, estarei no Centro Cultural Urucuia,19 horas...
Recebido da amiga Clevane Pessoa, divido com vocês,
e parabenizo os colegas poetas,
o texto enviado por Cláudio Bento.
Perdoem o visual, ainda continuo com dificuldades de postagem....
domingo 21 de Março: dia mundial da poesia -
a origem da data comemorativa
O poetamigo Claudio Bento, nos envia esse texto interessante, com a bela poesia visual ("Les jardins", onde a palavra é usada nas formas propostaa artista , Colette Bench (que não consegui copiar...):
21 de Março: dia mundial da poesia - a origem da data comemorativa
Por Dana Paulinelli
Em 16 de novembro de 1999, na 30a Conferência Geral da UNESCO, foi instituído o Dia Mundial da Poesia. Um título divertido, seja pela proclamação de um "dia mundial" (como se algum dia neste mundo não fosse mundial ou como se algum o fosse somente porque o estabelecemos como comemorativo), seja pela instituição de um "dia da poesia"(como se um único dia neste mundo pudesse ser desprovido de poesia: cômica, trágica, espiritual e erótica), seja pelo documento que justifica a comemoração da poesia (como se o ato poético precisasse dar razões para existir). Aqui no Imaginário comemoramos a poesia todo santo e poético dia, mas, diversões à parte, esta iniciativa de promoção da poesia é louvável e por isso divulgo uma tradução da seção do documento da UNESCO que trata do dito dia. Dia Mundial de Poesia Tendo considerado o documento 30c/82, sobre a proclamação de 21 de Março como Dia Mundial da Poesia, juntamente com a decisão da Diretoria Executiva sobre o assunto (157 EX/Decision 3.4.2.), Endossando as recomendações da reunião ad hoc, as conclusões que constam no documento 157 EX/9 que, seguindo uma análise detalhada do estado da poesia neste século que se encaminha para um próximo, considerou a proclamação de um dia para poesia com satisfação e entusiasmo. Convencida de que a iniciativa de organizar um evento mundial daria reconhecimento e novo ímpeto a movimentos nacionais, regionais e internacionais de poesia, Consciente de que este evento, que responde a necessidades estéticas no mundo de hoje, deve ter repercussões na promoção da diversidade linguística, desde que, através da poesia, línguas ameaçadas terão grandes oportunidades de se expressarem dentro de suas respectivas comunidades. Consciente também de que um movimento social para um reconhecimento de valores ancestrais implica um retorno à tradição oral e à aceitação da linguagem como um fator que contribui para a socialização e estruturação do indivíduo, e que tal movimento, que poderia ajudar os jovens a redescobrirem os valores básicos, lhes permite ficar cara-a-cara com eles mesmos. Recordando que, desde que a poesia é uma arte enraizada tanto no texto escrito quanto na palavra falada, qualquer ação para promovê-la deve ser propícia a uma intensificação de trocas interculturais e internacionais: 1. Proclama 21 de Março como Dia Mundial da Poesia; 2. Convida os Estados-Membros a participarem ativamente nas celebrações deste Dia, em nível local e nacional, com a participação ativa de Comissões Nacionais, organizações não-governamentais e instituições públicas e privadas interessadas (escolas, municípios, comunidades poéticas, museus, associações culturais, editoras, autoridades locais, e assim por diante); 3. Convida o Diretor-geral a encorajar e apoiar todas as iniciativas nacionais, regionais e internacionais tomadas a este respeito. Resolução adotada no relatório da IV Comissão na sessão plenária de 16 de novembro de 1999. _______
FONTE:
Records of the General Conference, 30th Session Paris, 26 October to 17 November 1999. Tradução (nada rigorosa) de dana paulinelli. Disponível na íntegra aqui. Enviada pelo poeta Cláudio Bento - poetabento@hotmail.com
terça-feira, 16 de março de 2010
Queridos,
estou com algumas dificuldades, entre elas, não consigo postar fotos(as do dia 08 de março, na Praça Sete!!! e outras!!!),nem cores, nem fontes, nem espaçamento... deu alguma coisa errada por aqui, e já faz um tempo...se alguém souber me ajudar como recuperar as ferramentas...rs
QUERO LEMBRA-LOS QUE NESTA QUINTA-FEIRA, DIA 18, ÀS 19 HS ESTAREI BATENDO UM PAPO COM O PÚBLICO DO CENTRO CULTURAL JARDIM GUANABARA, SOBRE O MULHERES EMERGENTES, A POESIA E EU... ESTÃO TODOS CONVIDADOS. NA PRÓXIMA QUARTA, DIA 24, SERÁ NO CENTRO CULTURAL URUCUIA.
Então, aí vai mais um sensível texto:
Antologia de meninos mineiros www.paulacajaty.com Dicas da semana (13.03.2010 a 19.03.2010)
Antologia de meninos mineiros Escrito por Paula Cajaty - Antologia Meninos ME - Mulheres Emergentes. Org. Tânia Diniz. Belo Horizonte, 2009. Garimpo a mineirice em meu colo. A couve à mesa, o uai no gracejo, o doce de leite com queijo e laranja da terra na sobremesa, o pão de queijo no lanche das crianças, e vejo de repente que os limites entre o Rio e Minas se esmaeceram nas curvas da BR, e que aquele sotaque gostoso vai se acentuando a cada pedágio, numa grande zona de mescla de culturas, influências, laços que se escondem no tempo e na família de cada um de nós. De repente, noto que o ar que respiramos é o mesmo que vem pela serra da mantiqueira, e talvez ele misture um pouco a forma de pensar, e especialmente a forma de sentir. Eu que achava graça dos mineiros chegando à Região dos Lagos, inspirando a maresia com vontade, falando do 'marzão' como algo raro e especial, agora me pego subindo a serra para encontrar os rios e cachoeiras, as cidades pavimentadas de paralelepípedos, aguando o cheiro do caldo verde e a luz de lampião que invade o início das noites. A Antologia Meninos é sentir Tiradentes, Ouro Preto e Mariana pelas palavras, é reparar nos 'homens que ainda rezam terços/ou cosem cotidianos/ruminando limites nas verdades', é entrar num outro tempo, igual ao nosso, mas estranhamente mais vagaroso, é 'voltar a nascer através de sorrisos' e sentir que 'a felicidade necessita ser/narrada e que a vida, esta vida,/que nos vem em golfadas, nelas, pode ser,/também se vai; só pode ser/ uma grande paixão de intensa/dor, ou, talvez seja, quem sabe,/uma remota forma de alegria/que nos passa entre as falanges.' Os poemas dos meninos de Tânia Diniz surpreendem feito as curvas da BR, cada uma delas com sua força e ângulo original, e vejo que o querido poeta Affonso Romano, que assina a quarta capa, descobriu que os mineiros têm um mar, sim, 'um mar imponderável de Minas e de outras praias onde a poesia ondeia'. Aliás, a Antologia de Tânia e seus Meninos Emergentes ganhou uma belíssima resenha da professora Cristina Duarte-Simões (com a resposta da Tânia aqui) da célebre Université de Toulouse-le Mirail, na França, que notou, muito antes que os vizinhos cariocas e paulistas, o lirismo de quem, em pleno século XXI, ainda vive um pouco da terra, um pouco dos rios, um pouco mais como antigamente. Parabéns a cada um dos meninos-poetas-mineiros e, sobretudo, à sensibilidade de Tânia, uma mulher que sabe valorizar homens que acreditam na poesia e a escrevem com seu íntimo, suas raízes e sua paixão, transcendendo os limites físicos que separam a beleza de Minas da poesia dos tantos outros Brasis. Visite a página da autora na REBRA: http://www.rebra.org/escritora/escritora_ptbr.php?id=1618 paulacajaty@gmail.com
QUERO LEMBRA-LOS QUE NESTA QUINTA-FEIRA, DIA 18, ÀS 19 HS ESTAREI BATENDO UM PAPO COM O PÚBLICO DO CENTRO CULTURAL JARDIM GUANABARA, SOBRE O MULHERES EMERGENTES, A POESIA E EU... ESTÃO TODOS CONVIDADOS. NA PRÓXIMA QUARTA, DIA 24, SERÁ NO CENTRO CULTURAL URUCUIA.
Então, aí vai mais um sensível texto:
Antologia de meninos mineiros www.paulacajaty.com Dicas da semana (13.03.2010 a 19.03.2010)
Antologia de meninos mineiros Escrito por Paula Cajaty - Antologia Meninos ME - Mulheres Emergentes. Org. Tânia Diniz. Belo Horizonte, 2009. Garimpo a mineirice em meu colo. A couve à mesa, o uai no gracejo, o doce de leite com queijo e laranja da terra na sobremesa, o pão de queijo no lanche das crianças, e vejo de repente que os limites entre o Rio e Minas se esmaeceram nas curvas da BR, e que aquele sotaque gostoso vai se acentuando a cada pedágio, numa grande zona de mescla de culturas, influências, laços que se escondem no tempo e na família de cada um de nós. De repente, noto que o ar que respiramos é o mesmo que vem pela serra da mantiqueira, e talvez ele misture um pouco a forma de pensar, e especialmente a forma de sentir. Eu que achava graça dos mineiros chegando à Região dos Lagos, inspirando a maresia com vontade, falando do 'marzão' como algo raro e especial, agora me pego subindo a serra para encontrar os rios e cachoeiras, as cidades pavimentadas de paralelepípedos, aguando o cheiro do caldo verde e a luz de lampião que invade o início das noites. A Antologia Meninos é sentir Tiradentes, Ouro Preto e Mariana pelas palavras, é reparar nos 'homens que ainda rezam terços/ou cosem cotidianos/ruminando limites nas verdades', é entrar num outro tempo, igual ao nosso, mas estranhamente mais vagaroso, é 'voltar a nascer através de sorrisos' e sentir que 'a felicidade necessita ser/narrada e que a vida, esta vida,/que nos vem em golfadas, nelas, pode ser,/também se vai; só pode ser/ uma grande paixão de intensa/dor, ou, talvez seja, quem sabe,/uma remota forma de alegria/que nos passa entre as falanges.' Os poemas dos meninos de Tânia Diniz surpreendem feito as curvas da BR, cada uma delas com sua força e ângulo original, e vejo que o querido poeta Affonso Romano, que assina a quarta capa, descobriu que os mineiros têm um mar, sim, 'um mar imponderável de Minas e de outras praias onde a poesia ondeia'. Aliás, a Antologia de Tânia e seus Meninos Emergentes ganhou uma belíssima resenha da professora Cristina Duarte-Simões (com a resposta da Tânia aqui) da célebre Université de Toulouse-le Mirail, na França, que notou, muito antes que os vizinhos cariocas e paulistas, o lirismo de quem, em pleno século XXI, ainda vive um pouco da terra, um pouco dos rios, um pouco mais como antigamente. Parabéns a cada um dos meninos-poetas-mineiros e, sobretudo, à sensibilidade de Tânia, uma mulher que sabe valorizar homens que acreditam na poesia e a escrevem com seu íntimo, suas raízes e sua paixão, transcendendo os limites físicos que separam a beleza de Minas da poesia dos tantos outros Brasis. Visite a página da autora na REBRA: http://www.rebra.org/escritora/escritora_ptbr.php?id=1618 paulacajaty@gmail.com
sexta-feira, 5 de março de 2010
Gente!!! vejam que texto recebi!!!!....pura alegria....
uma ótima crítica à Antologia ME 18!
(Leonardo de Magalhaens escreveu:)
Sobre a ANTOLOGIA ME 18
organizada pela poeta Tânia Diniz
(Mulheres Emergentes, BH / 2007)
Fragmentos e testemunhos da Voz Feminina
Acreditando que Poesia não é apenas sentimento, mas é construída por sentimento e algo mais – elaboração da linguagem, do discurso, das múltiplas leituras, etc – na valorização de uma Voz que se expressa para um Outro (espera-se sempre um Leitor) e na superação da Carência e da Incomunicabilidade, nossa atenção aqui se volta para a Poesia de Voz Feminina.
Uma antologia a demonstrar um interesse de coletar poemas que possam expressar o que se designa como 'Voz Feminina', não apenas no sentido de ser poesia escrita/declamada por mulheres, mas pelo conteúdo simbólico a expressar sentimentos, intimidades, confissões, idealizações amorosas, erotismo velado/ sugerido, pornografia, ou mesmo 'feminismo' (no sentido político de militância pelas igualdades de direitos entre homens e mulheres)
Num mundo onde a mulher é ainda enganada, humilhada, perseguida, esmagada, violentada, transformada em objeto, em pleno século 21 de domínio ocidental (dito cristão e liberal), quando a esperança de uma igualdade – seja política ou econômica – torna-se apenas mais uma mercadoria à venda no mídia, é deveras importante manter viva a Voz discursiva em defesa da legitimidade da luta das mulheres em prol da plena dignidade e vida segura.
Ao lermos os poemas desta Antologia Mulheres Emergentes 18, percebemos que a mulher confessa um sofrimento que vem de duas fontes, uma externa, de conflito com o Outro – o amado, os filhos, a família, etc – e uma interna, os descompassos entre o idealizado e o realizado, o mundo/o sentimento que ela sonhou e o que realmente aconteceu, gerando toda uma quebra de expectativas, uma frustração/ depressão.
Esta carga dupla, estes fardos dentro e fora que a mulher carrega gera todo um complexo de infelicidades que levam os homens a se vangloriarem de serem homens. Há um pensamento chinês – anterior a Revolução – que traduziríamos assim: “Nenhum orgulho em ser homem, mas orgulho de não ser mulher” . Produto óbvio de uma civilização 'machista', diríamos, onde a mulher era criada sob opressão, sofrendo até deformidades corporais (os pés eram propositalmente atrofiados!) Mas espelha todo um sentimento de estar livre de um (ou dois) sofrimentos a mais.
Nestes poemas se diluem o medo de amar, o medo da rejeição, a insegurança no amor, no relacionamento (seja namoro ou casamento), a idealização do Ser Amado, o sofrimento da perda, a insatisfação erótica, a repressão da sexualidade, as múltiplas tarefas (mãe, esposa, trabalhadora), ou seja, todo um quadro que extrapola a Poesia ao se desvelar no ato da Escrita. Pouco experimentalismo com a Linguagem, e mais a Confissão.
Meu amor comprimido
se recolhe pequenino
no canto da sala
intimidado
oculto
(Andreia Leal / Mariana/MG)
Um sentimento que não se desenvolve (e se deforma) devido aos vários medos – da rejeição, da sujeição, da perda, da traição – que imobiliza o acesso ao Outro,
O medo
narrativa sem descanso, sem descanso
em remoinho em rumorejos
em sobrevôo em sobre nadas
(France Gripp / BH/MG)
Quando é um sentimento que é confessado, aqui liricamente, e atinge a emoção, por identificação (se for lido por outra mulher a sofrer o mesmo) ou compaixão (se o leitor não sofre disso, e se apieda de quem sofre) Entenda-se que não falamos extamente da Autora. Pois o enfoque é a Voz que confessa, o Eu-Lírico.
Assim pode confessar, velada ou desveladamente, encontrando na arte verbal uma forma de 'aliviar a dor',
A poesia retoma ao giz-de-cera
De uma infância de cores
para aliviar as dores
De quem nesta arte
Será sempre aprendiz.
(Brenda Mars / BH/MG)
Mesmo que exista muita idealização da Poesia e do/a Poeta, aquela imagem romântica ou parnasiana, no mundo das névoas ou na torre de marfim. Enquanto alguns defendem a Poesia enquanto retrato e testemunho do mundo de misérias e carências, injustiças e dominações, outros esperam a Poesia enquanto fantasia, utopia, fuga/escapismo do mundo de insatisfações,
Ser poeta é habitar um mundo diferente
É ter dentro de si a própria fantasia
É gurdar no seu peito esse desejo ardente
De viver na ilusão sublime da poesia
(Eliza Ramos Amaral / SP/SP)
Quando não se idealiza o fazer poesia, idealiza-se o Ser Amado, ou se ironiza o mesmo ser quando a frustração desfaz o jogo de máscaras,
Percebia seu medo de se entegrar e não conseguia mais
parar de pensar naquele príncipe nada encantado.
(Ana Carol Diniz / BH/MG)
então a ironia não passa de 'defesa psíquica', o famoso 'rir para não chorar', ou uma amargura contra as 'sacralidades' que perpetuam a opressão,
Então
O masculino Senhor disse:
Vai, Eva, e nutre a vida,
com o suor dos teus sonhos.
Não te esqueças, mulher
que inventaste o amor
e isso é imperdoável.
(Maria de Lourdes Horta / Recife/PE)
Muitos poemas germinam sugestões mais do que descrições, há toda uma preferência em sugerir mais do que descrever, em provocar sinestesias do que explicar, em evocar inexistências do que problematizar o existente, em falar mais do indivíduo do que situar o social, o coletivo (nosso individualismo que o diga...) Tal preferência lembra muito as temáticas das poetas de renome, amplamente divulgadas, p.ex. Cecília Meireles, Cora Coralina, Henriqueta Lisboa, Hilda Hilst e Ana Cristina César, ou as traduzidas obras de Gertrude Stein, Sylvia Plath, Anne Sexton, Elizabeth Bishop, Marianne Moore, Gabriela Mistral, etc, que prezam mais o Eu do que o Social, o Texto mais do que o Contexto.
As temáticas se aproximam ainda mais na densidade dos poemas em prosa, que unem a tessitura do prosaico com a imagética do poético,
Ainda trêmula pelo último frêmito, ela se acalma. A
pele, em lento e decrescente calor, exaurida, se
apaga. A alma, leve como pluma, envolve-se em
nuvens de cetim. Volátil, flutua num sono feliz.
Esquecendo-se, porém, de apagar seus desejos de
mulher, ela desperta, iluminada pela luz do próprio
olhar. (...)
(Lívia Tucci / BH/MG)
ou uma carta de desamor, 'gelada' e áspera, a desconstruir o afeto,
Caro senhor,
Tempos atrás conseguíamos despertar desejos um no
outro. Hoje isso já não acontece mais. Quando viro para o
outro lado da cama, o senhor vem com seu braço de
chumbo e o coloca sobre meu corpo, que sábio que é
o rejeita e depressa volta à forma de pedra. Jeito sutil
de mostrar sua indiferença já quase antiga e crônica.
(...)
(Iara Alves / BH/MG)
Ou uma poesia imagética a evocar obras das artes plásticas, num conjunto de cores e formas, que as palavras procuram decodificar – apenas para gerar outra codificação...
Branco é o luar
derramado no mar do Prado.
Branca é a nuvem
que se estende no céu claro de
verão
entre as palmeiras e a casa
em construção
na areia.
(Nazareth Fonseca / BH/MG)
Ou poemas que sugerem uma viagem, um voo de ave, um teletransporte, um sopro de vento, um mapa cartográfico de Pasárgada, um devaneio de mundos-outros,
Mudei minha rota:
Agora sou gaivota
Sobrevoando o mar.
...
O meu voo é leve,
Virei ave viajante,
Com uma linguagem tão forte
Que abre portas no céu.
(Raquel Naveira /Campo Grande / MS)
Mudar completamente!
Transformar a paisagem,
ferir com o grito
velhos amores.
Destelhar abrigo inseguro,
partir fios, galhos e flores.
Sou como o vento.
Ante o estabelecido
provoco movimento.
(Silvana Pagano / BH/ MG)
Encontramos também uma amostra de quase-tradução, nos poemas 'bilíngues' de Silvia Ansprach (SP), onde a beleza de cada poema é criada na linguagem (o idioma) de cada poema (não traduzidos, mas versões do mesmo tema) Pois a Tradução seria mesmo Traição (“tradutori traditori”, tradutores traidores), sabendo-se que ora se preserva o sentido, e perde-se a sonoridade, ou vice-versa, temos o som e não os significados... Aqui, os mais 'próximos' seriam “Geminal e Seminal” e “Geminal and Seminal”, que abordam as obras de Clarice Lispector e Virginia Woolf, figuras ímpares e significativas da Voz Feminina, com direito a uma referência ao poema hermético de Gertrude Stein (“rose is a rose is a rose...”), emblemáticos na Antologia Mulheres Emergentes 18, que se destina a recuperar e proclamar a expressão artística verbal da mulher,
“Ambas desafiam o verbo,
desfiam a linguagem,
rosário de poesia
em prosa
e glosa.”
“Both defy wor(l)ds,
defile language
in prose
primrose (is a rose is)”
(Sílvia Anspach - SP -SP)
fevereiro de 2010- Belo Horizonte - MG
Leonardo de Magalhaens
http://leoleituraescrita.blogspot.com
http://desencontrosgrafados.blogspot.com
(Leonardo de Magalhaens escreveu:)
Sobre a ANTOLOGIA ME 18
organizada pela poeta Tânia Diniz
(Mulheres Emergentes, BH / 2007)
Fragmentos e testemunhos da Voz Feminina
Acreditando que Poesia não é apenas sentimento, mas é construída por sentimento e algo mais – elaboração da linguagem, do discurso, das múltiplas leituras, etc – na valorização de uma Voz que se expressa para um Outro (espera-se sempre um Leitor) e na superação da Carência e da Incomunicabilidade, nossa atenção aqui se volta para a Poesia de Voz Feminina.
Uma antologia a demonstrar um interesse de coletar poemas que possam expressar o que se designa como 'Voz Feminina', não apenas no sentido de ser poesia escrita/declamada por mulheres, mas pelo conteúdo simbólico a expressar sentimentos, intimidades, confissões, idealizações amorosas, erotismo velado/ sugerido, pornografia, ou mesmo 'feminismo' (no sentido político de militância pelas igualdades de direitos entre homens e mulheres)
Num mundo onde a mulher é ainda enganada, humilhada, perseguida, esmagada, violentada, transformada em objeto, em pleno século 21 de domínio ocidental (dito cristão e liberal), quando a esperança de uma igualdade – seja política ou econômica – torna-se apenas mais uma mercadoria à venda no mídia, é deveras importante manter viva a Voz discursiva em defesa da legitimidade da luta das mulheres em prol da plena dignidade e vida segura.
Ao lermos os poemas desta Antologia Mulheres Emergentes 18, percebemos que a mulher confessa um sofrimento que vem de duas fontes, uma externa, de conflito com o Outro – o amado, os filhos, a família, etc – e uma interna, os descompassos entre o idealizado e o realizado, o mundo/o sentimento que ela sonhou e o que realmente aconteceu, gerando toda uma quebra de expectativas, uma frustração/ depressão.
Esta carga dupla, estes fardos dentro e fora que a mulher carrega gera todo um complexo de infelicidades que levam os homens a se vangloriarem de serem homens. Há um pensamento chinês – anterior a Revolução – que traduziríamos assim: “Nenhum orgulho em ser homem, mas orgulho de não ser mulher” . Produto óbvio de uma civilização 'machista', diríamos, onde a mulher era criada sob opressão, sofrendo até deformidades corporais (os pés eram propositalmente atrofiados!) Mas espelha todo um sentimento de estar livre de um (ou dois) sofrimentos a mais.
Nestes poemas se diluem o medo de amar, o medo da rejeição, a insegurança no amor, no relacionamento (seja namoro ou casamento), a idealização do Ser Amado, o sofrimento da perda, a insatisfação erótica, a repressão da sexualidade, as múltiplas tarefas (mãe, esposa, trabalhadora), ou seja, todo um quadro que extrapola a Poesia ao se desvelar no ato da Escrita. Pouco experimentalismo com a Linguagem, e mais a Confissão.
Meu amor comprimido
se recolhe pequenino
no canto da sala
intimidado
oculto
(Andreia Leal / Mariana/MG)
Um sentimento que não se desenvolve (e se deforma) devido aos vários medos – da rejeição, da sujeição, da perda, da traição – que imobiliza o acesso ao Outro,
O medo
narrativa sem descanso, sem descanso
em remoinho em rumorejos
em sobrevôo em sobre nadas
(France Gripp / BH/MG)
Quando é um sentimento que é confessado, aqui liricamente, e atinge a emoção, por identificação (se for lido por outra mulher a sofrer o mesmo) ou compaixão (se o leitor não sofre disso, e se apieda de quem sofre) Entenda-se que não falamos extamente da Autora. Pois o enfoque é a Voz que confessa, o Eu-Lírico.
Assim pode confessar, velada ou desveladamente, encontrando na arte verbal uma forma de 'aliviar a dor',
A poesia retoma ao giz-de-cera
De uma infância de cores
para aliviar as dores
De quem nesta arte
Será sempre aprendiz.
(Brenda Mars / BH/MG)
Mesmo que exista muita idealização da Poesia e do/a Poeta, aquela imagem romântica ou parnasiana, no mundo das névoas ou na torre de marfim. Enquanto alguns defendem a Poesia enquanto retrato e testemunho do mundo de misérias e carências, injustiças e dominações, outros esperam a Poesia enquanto fantasia, utopia, fuga/escapismo do mundo de insatisfações,
Ser poeta é habitar um mundo diferente
É ter dentro de si a própria fantasia
É gurdar no seu peito esse desejo ardente
De viver na ilusão sublime da poesia
(Eliza Ramos Amaral / SP/SP)
Quando não se idealiza o fazer poesia, idealiza-se o Ser Amado, ou se ironiza o mesmo ser quando a frustração desfaz o jogo de máscaras,
Percebia seu medo de se entegrar e não conseguia mais
parar de pensar naquele príncipe nada encantado.
(Ana Carol Diniz / BH/MG)
então a ironia não passa de 'defesa psíquica', o famoso 'rir para não chorar', ou uma amargura contra as 'sacralidades' que perpetuam a opressão,
Então
O masculino Senhor disse:
Vai, Eva, e nutre a vida,
com o suor dos teus sonhos.
Não te esqueças, mulher
que inventaste o amor
e isso é imperdoável.
(Maria de Lourdes Horta / Recife/PE)
Muitos poemas germinam sugestões mais do que descrições, há toda uma preferência em sugerir mais do que descrever, em provocar sinestesias do que explicar, em evocar inexistências do que problematizar o existente, em falar mais do indivíduo do que situar o social, o coletivo (nosso individualismo que o diga...) Tal preferência lembra muito as temáticas das poetas de renome, amplamente divulgadas, p.ex. Cecília Meireles, Cora Coralina, Henriqueta Lisboa, Hilda Hilst e Ana Cristina César, ou as traduzidas obras de Gertrude Stein, Sylvia Plath, Anne Sexton, Elizabeth Bishop, Marianne Moore, Gabriela Mistral, etc, que prezam mais o Eu do que o Social, o Texto mais do que o Contexto.
As temáticas se aproximam ainda mais na densidade dos poemas em prosa, que unem a tessitura do prosaico com a imagética do poético,
Ainda trêmula pelo último frêmito, ela se acalma. A
pele, em lento e decrescente calor, exaurida, se
apaga. A alma, leve como pluma, envolve-se em
nuvens de cetim. Volátil, flutua num sono feliz.
Esquecendo-se, porém, de apagar seus desejos de
mulher, ela desperta, iluminada pela luz do próprio
olhar. (...)
(Lívia Tucci / BH/MG)
ou uma carta de desamor, 'gelada' e áspera, a desconstruir o afeto,
Caro senhor,
Tempos atrás conseguíamos despertar desejos um no
outro. Hoje isso já não acontece mais. Quando viro para o
outro lado da cama, o senhor vem com seu braço de
chumbo e o coloca sobre meu corpo, que sábio que é
o rejeita e depressa volta à forma de pedra. Jeito sutil
de mostrar sua indiferença já quase antiga e crônica.
(...)
(Iara Alves / BH/MG)
Ou uma poesia imagética a evocar obras das artes plásticas, num conjunto de cores e formas, que as palavras procuram decodificar – apenas para gerar outra codificação...
Branco é o luar
derramado no mar do Prado.
Branca é a nuvem
que se estende no céu claro de
verão
entre as palmeiras e a casa
em construção
na areia.
(Nazareth Fonseca / BH/MG)
Ou poemas que sugerem uma viagem, um voo de ave, um teletransporte, um sopro de vento, um mapa cartográfico de Pasárgada, um devaneio de mundos-outros,
Mudei minha rota:
Agora sou gaivota
Sobrevoando o mar.
...
O meu voo é leve,
Virei ave viajante,
Com uma linguagem tão forte
Que abre portas no céu.
(Raquel Naveira /Campo Grande / MS)
Mudar completamente!
Transformar a paisagem,
ferir com o grito
velhos amores.
Destelhar abrigo inseguro,
partir fios, galhos e flores.
Sou como o vento.
Ante o estabelecido
provoco movimento.
(Silvana Pagano / BH/ MG)
Encontramos também uma amostra de quase-tradução, nos poemas 'bilíngues' de Silvia Ansprach (SP), onde a beleza de cada poema é criada na linguagem (o idioma) de cada poema (não traduzidos, mas versões do mesmo tema) Pois a Tradução seria mesmo Traição (“tradutori traditori”, tradutores traidores), sabendo-se que ora se preserva o sentido, e perde-se a sonoridade, ou vice-versa, temos o som e não os significados... Aqui, os mais 'próximos' seriam “Geminal e Seminal” e “Geminal and Seminal”, que abordam as obras de Clarice Lispector e Virginia Woolf, figuras ímpares e significativas da Voz Feminina, com direito a uma referência ao poema hermético de Gertrude Stein (“rose is a rose is a rose...”), emblemáticos na Antologia Mulheres Emergentes 18, que se destina a recuperar e proclamar a expressão artística verbal da mulher,
“Ambas desafiam o verbo,
desfiam a linguagem,
rosário de poesia
em prosa
e glosa.”
“Both defy wor(l)ds,
defile language
in prose
primrose (is a rose is)”
(Sílvia Anspach - SP -SP)
fevereiro de 2010- Belo Horizonte - MG
Leonardo de Magalhaens
http://leoleituraescrita.blogspot.com
http://desencontrosgrafados.blogspot.com
quinta-feira, 4 de março de 2010
Amigos, aí está a surpresa do dia 08 de Março!!!
Convido e CONVOCO os amigos e poetas amigos do ME, para que lá estejam.
ATO UNIFICADO
CENTENÁRIO DO 8 DE MARÇO
O Ato Unificado pelo Centenário do 8 de Março em BH reúne 57 Entidades.
PROGRAMAÇÃO
13:00- ABERTURA
13:00 as 14:00- Concentração na Praça da ALMG (da Assembléia)
(com manifestações políticas e culturais)
14:00- Passeata
TRAJETO:
-Saída pela Rua Martim de Carvalho
-Entrar na Rua Rodrigues Caldas
-Pegar a Av. Álvares Cabral
-Continua Álvares Cabral
-Pegar a Afonso pena
-Entrar na Guajajaras
-Continua Afonso Pena
-Continua Afonso Pena
(Chegada na Praça 7 prevista para as 16:30)
(Parada na Praça 7 a partir das 16:30 com mais manifestações políticas e culturais)
18:00- ENCERRAMENTO
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS:
-ENDORFINA (PUNCKROCK)
-ANARCOFUNK (FUNKROCK)
-AS OBSCENAS (GRUPO TEATRAL)
-MENINAS DE SINHÁ (CANTIGAS DE RODA)
-MULHERES EMERGENTES (RECITAL DE POESIAS)
-MULHERES DE ORIXÁS (GRUPO DE CAPOEIRISTAS)
ENTIDADES QUE PARTICIPAM DO ATO UNIFICADO
PELO CENTENÁRIO DO 8 DE MARÇO:
-MPM (Movimento Popular da Mulher)
-UBM/MG (União Brasileira de Mulheres)
-SINPRO/MG (Sindicato dos Professores de Minas gerais)
-CTB
-REDE POPULAR SOLIDÁRIA
-DIVAS (Diversidade Afetivo-Sexual)
-ALÉM (Associação Lésbica de Minas)
-AMB/MG (Articulação de Mulheres Brasileiras de Minas Gerais)
-MULHERES EM UNIÃO
-MULHERES EMERGENTES
-MULHERES EM LUTA
-CONLUTAS
-INSTITUTO HELENA GRECO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
-INSTITUTO ALBAN
-INSTITUTO IMERSÃO LATINA
-CMDM (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher)
-CEM )Conselho Estadual dos Direitos da Mulher)
-CNDM –Conselho Nacional dos Direitos da Mulher
-FÓRUM DE MULHERES MERCOSUL
-FÓRUM SOCIAL MUNDIAL/MG
-BRIGADAS POPULARES
-Federação de Mulheres Mineiras
-CMB (Confederação das Mulheres do Brasil)
-COMDIM (Coordenadoria Municipal dos Direitos da Mulher)
-CUT (Central Única dos Trabalhadores)
-FIO CRUZ
-GRAAL (O Movimento do Graal no Brasil)
-RFS (Rede Feminista de Saúde)
-N'Zinga - Coletivo de Mulheres Negras
-FÓRUM DE MULHERES NEGRAS
-MMM (Marcha Mundial de Mulheres)
-Profissionais do Sexo de Betim
-SINDESS
-MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens
-Consulta Popular
-AP - Assembléia Popular
-ABEEF - Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal
-MAL (Movimento Anarquista Libertário)
-UNEGRO (União de Negros pela Igualdade)
-SECRETARIA DE MULHER DA CUT
-AMES/MG (GRÊMIO ESTADUAL CENTRAL)
-MST (Movimento dos Sem Terra)
-MLB (Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas)
-SITIPAN/UGT
-SINDI-CONT
-SINDI-CARMS
-SINDIBEL
-SINDESS
-SITRAEMG
-OCUPAÇÃO CAMILO TORRES
-OCUPAÇÃO DANDARA
-OCUPAÇÃO RECANTO UFMG
-OCUPAÇÃO NOVO LAJEDO
-CEN/MG
-ANITA GARIBALDI
-MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores)
-FEAB (Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil).
-SATED - MG (Sindicato dos Artistas)
-CIA. POÉTICA ESTAÇÃO PLATINA
-POETAS DEL MUNDO MG
-MOVIMENTO PAZ E POESIA -MG -Cercle Universel de la Paix
ATO UNIFICADO
CENTENÁRIO DO 8 DE MARÇO
O Ato Unificado pelo Centenário do 8 de Março em BH reúne 57 Entidades.
PROGRAMAÇÃO
13:00- ABERTURA
13:00 as 14:00- Concentração na Praça da ALMG (da Assembléia)
(com manifestações políticas e culturais)
14:00- Passeata
TRAJETO:
-Saída pela Rua Martim de Carvalho
-Entrar na Rua Rodrigues Caldas
-Pegar a Av. Álvares Cabral
-Continua Álvares Cabral
-Pegar a Afonso pena
-Entrar na Guajajaras
-Continua Afonso Pena
-Continua Afonso Pena
(Chegada na Praça 7 prevista para as 16:30)
(Parada na Praça 7 a partir das 16:30 com mais manifestações políticas e culturais)
18:00- ENCERRAMENTO
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS:
-ENDORFINA (PUNCKROCK)
-ANARCOFUNK (FUNKROCK)
-AS OBSCENAS (GRUPO TEATRAL)
-MENINAS DE SINHÁ (CANTIGAS DE RODA)
-MULHERES EMERGENTES
-MULHERES DE ORIXÁS (GRUPO DE CAPOEIRISTAS)
ENTIDADES QUE PARTICIPAM DO ATO UNIFICADO
PELO CENTENÁRIO DO 8 DE MARÇO:
-MPM (Movimento Popular da Mulher)
-UBM/MG (União Brasileira de Mulheres)
-SINPRO/MG (Sindicato dos Professores de Minas gerais)
-CTB
-REDE POPULAR SOLIDÁRIA
-DIVAS (Diversidade Afetivo-Sexual)
-ALÉM (Associação Lésbica de Minas)
-AMB/MG (Articulação de Mulheres Brasileiras de Minas Gerais)
-MULHERES EM UNIÃO
-MULHERES EMERGENTES
-MULHERES EM LUTA
-CONLUTAS
-INSTITUTO HELENA GRECO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
-INSTITUTO ALBAN
-INSTITUTO IMERSÃO LATINA
-CMDM (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher)
-CEM )Conselho Estadual dos Direitos da Mulher)
-CNDM –Conselho Nacional dos Direitos da Mulher
-FÓRUM DE MULHERES MERCOSUL
-FÓRUM SOCIAL MUNDIAL/MG
-BRIGADAS POPULARES
-Federação de Mulheres Mineiras
-CMB (Confederação das Mulheres do Brasil)
-COMDIM (Coordenadoria Municipal dos Direitos da Mulher)
-CUT (Central Única dos Trabalhadores)
-FIO CRUZ
-GRAAL (O Movimento do Graal no Brasil)
-RFS (Rede Feminista de Saúde)
-N'Zinga - Coletivo de Mulheres Negras
-FÓRUM DE MULHERES NEGRAS
-MMM (Marcha Mundial de Mulheres)
-Profissionais do Sexo de Betim
-SINDESS
-MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens
-Consulta Popular
-AP - Assembléia Popular
-ABEEF - Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal
-MAL (Movimento Anarquista Libertário)
-UNEGRO (União de Negros pela Igualdade)
-SECRETARIA DE MULHER DA CUT
-AMES/MG (GRÊMIO ESTADUAL CENTRAL)
-MST (Movimento dos Sem Terra)
-MLB (Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas)
-SITIPAN/UGT
-SINDI-CONT
-SINDI-CARMS
-SINDIBEL
-SINDESS
-SITRAEMG
-OCUPAÇÃO CAMILO TORRES
-OCUPAÇÃO DANDARA
-OCUPAÇÃO RECANTO UFMG
-OCUPAÇÃO NOVO LAJEDO
-CEN/MG
-ANITA GARIBALDI
-MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores)
-FEAB (Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil).
-SATED - MG (Sindicato dos Artistas)
-CIA. POÉTICA ESTAÇÃO PLATINA
-POETAS DEL MUNDO MG
-MOVIMENTO PAZ E POESIA -MG -Cercle Universel de la Paix
terça-feira, 2 de março de 2010
Março no agito...
Esta semana abrem as seguintes Exposições ME,
celebrando o dia 08 de Março, dia Internacional da Mulher, que completa cem anos e que é festejado durante todo o mês:
A I MOSTRA MINEIRA DE HAICAI MULHERES EMERGENTES saiu do Centro Cultural Salgado Filho, onde esteve por dois meses - janeiro e fevereiro - e está aberta á visitação no Centro Cultural Jardim Guanabara, no bairro de mesmo nome, e onde farei pequena palestra e Sarau no dia 18 deste, de 19 às 21 horas.
No Centro Cultural Urucuia, região do Barreiro, também foi aberta a Exposição Mulheres Emergentes 20 anos, mostrando a trajetória do jornal.
E onde, no dia 24 deste, de 19 às 21 horas estarei agitando ali um Sarau e um bate-papo sobre o ME.
E na COHAB, junto ao Colégio Santo Agostinho, a mesma Exposição ME 20 anos estará abertA também por todo o mês, comemorando nosso Dia, e para onde seguirá, em maio, a expo Haicai.
E no próximo dia 08, grande novidade, aguardem!
celebrando o dia 08 de Março, dia Internacional da Mulher, que completa cem anos e que é festejado durante todo o mês:
A I MOSTRA MINEIRA DE HAICAI MULHERES EMERGENTES saiu do Centro Cultural Salgado Filho, onde esteve por dois meses - janeiro e fevereiro - e está aberta á visitação no Centro Cultural Jardim Guanabara, no bairro de mesmo nome, e onde farei pequena palestra e Sarau no dia 18 deste, de 19 às 21 horas.
No Centro Cultural Urucuia, região do Barreiro, também foi aberta a Exposição Mulheres Emergentes 20 anos, mostrando a trajetória do jornal.
E onde, no dia 24 deste, de 19 às 21 horas estarei agitando ali um Sarau e um bate-papo sobre o ME.
E na COHAB, junto ao Colégio Santo Agostinho, a mesma Exposição ME 20 anos estará abertA também por todo o mês, comemorando nosso Dia, e para onde seguirá, em maio, a expo Haicai.
E no próximo dia 08, grande novidade, aguardem!
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