sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pessoal, hoje trago algumas fotos...

MAS ANTES DE TUDO,
PRECISO COMUNICAR QUE, DEVIDO AOS MEUS PROBLEMAS E ATENDENDO AINDA A ALGUNS PEDIDOS, O PRAZO PARA ENCERRAMENTO DAS INSCRIÇÕES PARA O
I CONCURSO INTERNACIONAL DE LENDAS E POESIA MULHERES EMERGENTES
SE ESTENDERÁ ATÉ O DIA 25 DE AGOSTO DE 2010.
AGRADEÇO A COMPREENSÃO DOS PARTICIPANTES E AGUARDO QUEM AINDA NÃO CHEGOU...

* * *
Ainda estou um pouco fora do ar pois,
acho que contei, tive problemas familiares de saúde que ainda estão terminando mas,
ainda assim, apesar de sair dos lugares que nem uma Cinderela à meia-noite,
estive no ótimo coquetel de abertura do 6 Belô Poético, organizado pelos amigos 
Rogério Salgado e Virgilene Araújo, no Sesc Laces
e na 6a, na apresentação da livraria Status.
E no dia 24 de julho, no Centro Cultural Padre Eustáquio,
na apresentação do amigo Fernando Aguiar.

Aqui, leio o belo poema do Fernando, DESEJO(S)



Aqui, após a apresentação do Fernando, um registro do encontro:
Wilmar Silva, eu - Tânia DinizFernando Aguiar, Inez Alves e Márcia Araújo
clicks da Iara Abreu






Já no 6 Belô Poético, na Livraria Status, Savassi,
eu, Tania Diniz, e os poetas Antonio Miranda, de Brasília -DF, e Fernando Aguiar, de Lisboa- Portugal



uma vista parcial da exposição dos ME, no Sesc Laces


outra visão parcial, da exposição Aspectos Urbanos,
o super bacana Rosário Poético, de Iara Abreu


e Lívia Tucci  (de rosa) e eu, Tânia (de roxo), ao fundo, aguardando o início da abertura do 6 Belô, no Sesc Laces

domingo, 25 de julho de 2010

amigos,

precisei me afastar uns dias, por questões de saúde de familiares.
Tudo se encaminhando bem, com bom restabelecimento, corro aqui pra dizer um alô.

Em breve postarei algumas fotos do 6 Belô Poético, que foi ótimo!

E algumas outras, de minha pequena participação na apresentação do amigo português , o poeta Fernando Aguiar,
ontem - sábado, 24/7 - no Centro Cultural Padre Eustáquio,
onde outros amigos estavam presentes e alguns tbm participaram.

Bom final de domingo,
chau,
tânia

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Gente!!!!

Passando por uns sites, meio sem querer, olhem o que descobri!!!!

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Rituais

Revisão do Livro

por:Aniger 
Autor : Tânia Diniz

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Palavras:300


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guia - estória - escrever - pergunta - ebook - ficção

Um primor de originalidade e bom humor, nesta coletânea de eróticos mini-contos – alguns têm três linhas – a autora brinca com as palavras criando uma nova realidade com a literalidade de suas interpretações. Delicadas e ternas, estas preciosas histórias acrescentarão um toque de alegria ao cotidiano do leitor. Parte integrante da Coleção Almanach de Minas. Um livro para leitores inteligentes, com sensibilidade para adivinhar o não-escrito. Nestas curtas narrativas, as palavras ganham sentido novo pelo modo como são encaixadas de forma criativa em frases que se confundem, se enovelam e se desdobram em múltiplos e ambíguos significados. A sensualidade feminina está presente em delicadas histórias de amor. Do lavrador que semeia estrelas no corpo da amada, da dançarina cigana transmutada em rubra flor, aos dançarinos que após um passo em falso andam pisando em ovos, até a moça de meias palavras cujas cartas o namorado lia nas entrelinhas, esbarra o leitor na alegre moça que pendura no pescoço a meia lua de outro e sai para namorar, toda iluminada e em muitos outros curiosos e fantásticos personagens.

Publicado em: julho 16, 2007

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Obrigado pela avaliação.

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Esta revisão responde às seguintes perguntas:

Qual é o enredo do Rituais?

Quem são os personagens principais do Rituais?

Qual é o final de Rituais?

Quem escreveu Rituais?
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O cortiço

A MÃO E A LUVA

Leda

O mágico de nós

A Hora da Estrela

Vidas Secas

Um Certo Capitão Rodrigo

*** 
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O mágico de nós

Revisão do Livro

por:Aniger 
Autor : Tânia Diniz

Visitas : 89

Palavras:300

Temas Relacionados

livro -guia - escrever - ler - autor - ficção

A sensualidade feminina está presente nestas delicadas histórias de amor. Livro de estréia desta autora mineira farta de talento e criatividade. Um livro para leitores inteligentes, com sensibilidade para adivinhar o não-escrito. Nestas curtas narrativas, as palavras ganham sentido novo pelo modo como são encaixadas de forma criativa em frases que se confundem, se enovelam e se desdobram em múltiplos e ambíguos significados. Como não se encantar com aquele poeta à venda no supermercado, a preço de liquidação? Com o boneco de madeira que tenta ensinar o ventríloquo a falar? Com o escultor que se transforma em estátua? Do engenheiro tatu à amante do vampiro, tudo são surpresas nestas histórias repletas de fantasia e humor. Uma leitura mais atenta nos revela a riqueza de significados ocultos nas brincadeiras que a autora faz com as palavras. Vale a pena conferir. Boa leitura!

Publicado em: julho 16, 2007

Avalie esta Revisão : 12345

Classificação : 12345

Obrigado pela avaliação.


Links importantes :
http://www.alegria.deler.nom.br/literatura/taniadiniz.htm

Esta revisão responde às seguintes perguntas:

Qual é o enredo do O mágico de nós?

Quem são os personagens principais do O mágico de nós?

Qual é o final de O mágico de nós?

Quem escreveu O mágico de nós?

As pessoas que leram esta Revisão também leram:
Língua e Literatura: espaços de interação ...

Farda, Fardão, Camisola de Dormir

Caramuru

O cortiço

Rituais

Vidas Secas

Inocência

______________

E  MAIS ISSO, DE 21 DE MARÇO DE 2010:

Servas - Serviço Voluntário de Assistência Social.

Av. Cristóvão Colombo, 683 . Funcionários . Belo Horizonte . MG . CEP 30140-140

Telefax (31) 3349-2400 . servas@servas.org.br

Notícias
Valores de Minas surpreende na inauguração do Centro Cultural da Praça da Liberdade
Renato Cobucci/Secom MG

Valores na abertura do Circuito Cultural Praça da Liberdade

21.3.2010
Milhares de pessoas se reuniram na Praça da Liberdade, neste domingo (21/03), para participar da abertura do Circuito Cultural. Desde o início da tarde, artistas de teatro e do circo, músicos e poetas, bailarinos e capoeiristas se revezaram em apresentações que ocuparam todos os espaços da praça e mobilizaram uma multidão de crianças, jovens e adultos.

O Circuito Cultural Praça da Liberdade é formado pelo Espaço TIM UFMG do Conhecimento, Museu das Minas e do Metal EBX, Memorial Minas Gerais Vale, o Centro de Arte Popular Cemig e o Centro Cultural Banco do Brasil. Ainda fazem parte do circuito, o Museu Mineiro, Arquivo Público Mineiro e a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, revitalizados nos últimos anos e já abertos à visitação pública.

O governador Aécio Neves, acompanhado do vice-governador Antonio Anastasia, e da presidente do Servas, Andrea Neves, chegou à praça e se juntou a um grupo de 270 jovens do programa Valores de Minas. Eles surpreenderam o público com um flash mob, performance previamente combinada, e cantaram e dançaram embalados pela música “O que é o que é”, de Gonzaguinha.

Ao som de antigas marchinhas de carnaval, palhaços em pernas de pau e jovens agitando objetos voadores coloridos puxaram um grande cortejo que percorreu toda a praça arrastando a multidão.

O evento terminou com um show do cantor Milton Nascimento na Alameda Travessia e vários cantores mineiros consagrados como Lô Borges, Fernanda Takai, Marina Machado, Telo Borges e Rogério Flausino.

Carta dos artistas
Um grupo de 244 escritores, músicos, artistas plásticos, dramaturgos, atores e produtores culturais assinaram uma carta, exaltando a iniciativa do Governo de Minas de transformar a Praça da Liberdade em um dos maiores centros culturais do País. Entre eles, Affonso Romano, Alceu Valença, Beto Guedes, Fernanda Takai, Fernando Brant, Gabriel Vilela, Milton Nascimento, Wagner Tiso e Ziraldo.

“Esse Circuito Cultural é um passo maravilhoso em direção à modernidade, e ao mesmo tempo, valorizando o antigo. Agora, teremos uma praça rodeada de museus originais, dedicados às coisas de Minas Gerais. Já vem muita gente para conhecer nossas cidades históricas. E agora, Belo Horizonte tem um centro cultural”, disse o músico Rogério Flausino, que também assinou a carta.

Quarteto de Flautas

Uma das primeiras atrações a se apresentar na praça foi o Quarteto de Flautas da UFMG. Marina Bruekers, integrante do quarteto, ficou surpresa com a receptividade das pessoas. “Mesmo com tantas atividades paralelas, as pessoas foram se aproximando e fizeram silêncio para nos ouvir”, disse ela.

Quem assistiu à apresentação só tinhas elogios a fazer. Foi o caso da psicóloga Rosana Diniz Mascarenhas para quem arte e cultura devem fazer parte do cotidiano.
“Estou fascinada com a sensibilidade das meninas do Quarteto”, comentou. E completou: “Estou vendo diversidade e qualidade dos nossos artistas nesta praça e fico realmente comovida em pensar que tudo isso vai fazer parte da nossa rotina com a inauguração do Circuito Cultural”.

Varal de Poesia

O Projeto Terça-Poética da Fundação Clóvis Salgado montou um varal de poesias com obras de
Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Luiz Eduardo Alves, Wilmar Silva,
Tânia Diniz e outros poetas contemporâneos.
Depois de ouvir a leitura de alguns poemas, a assistente social Vera Lúcia Rodrigues disse que o Circuito Cultural vai mudar o panorama cultural de Minas Gerais.
“Todas as atividades culturais de peso se concentram no Rio e em São Paulo. Nós precisávamos de um espaço como esse. Minas está de parabéns com o Circuito Cultural”, afirmou.

Teatro de bonecos
A Praça da Liberdade também foi palco de uma exposição do Grupo Giramundo com bonecos integrantes da companhia de teatro desde os anos 70. Também apresentou a peça “Um baú de fundo fundo” num palco montado ao lado do coreto. O analista de sistema Bruno Renato Paschoal assistiu à peça ao lado do filho Giovanni e da mulher, Waleska.
“Meu filho está adorando e nós também. O que mais anima é saber que a proposta do Circuito Cultural é trazer para a praça opções para toda família, para gente de toda a idade. A iniciativa é grande presente não apenas para BH, mas para todos os mineiros”, disse ele.
Artistas mineiros encerraram a festa.
Agência Minas, acesse as notícias do Governo de Minas

FOI OU NÃOFOI, UMA DESCOBERTA LEGAL!!!!
BJINS,
TANIA

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dois momentos!...

Um convite para amanhã :
Aguardo vocês.


E uma saudade do ano passado, os amigos chilenos: à minha direita, Arias Manso, fundador do movimento Poetas del Mundo e à esquerda, Davi Altamirando, no I Encontro aqui em BH, MG.
e o ME que, literalmente, se desdobrava, rs !!!

domingo, 11 de julho de 2010

Queridos,

Dentro da programação do VI BELÔ POÉTICO (começa neste dia 15/7),
o convite da amiga Iara Abreu,
conceituada artista plástica, para a bela exposição Aspectos Urbanos,
poemas ilustrados,
 da qual participo:



APAREÇAM!
no Sesc Laces, r. Caetés com r. São Paulo.

sábado, 10 de julho de 2010

Gente, encontrei esse lindo texto do amigo Fernando Aguiar,

escrito há um tempo atrás para a revista Encontro, de  Pernambuco, e que acabou por não sair ainda.
Assim, resolvi mostrar um pequeno trecho dele, já que hoje meu coração tá precisando de um afago, sentindo falta dos comentários!!!! escrevam!!!! ...o dia nublado...rs


(...) Globalmente, “Mulheres Emergentes” é uma bem sucedida história de coragem e de perseverança cultural de uma poetisa que não se fica pelo acto de escrever, mas que
quer levar muito mais longe a sua capacidade de sonhar, de criar, e de concretizar o
sonho e as palavras de todos os outros poetas que querem fazer ouvir a sua voz e que o
conseguem através dos inumeráveis projectos desenvolvidos pela Tânia Diniz que, com
a sua incansável capacidade de trabalho vai concretizando passo a passo todos esses
ideais.

Fernando Aguiar – Lisboa – Portugal

E JÁ SAIRAM DO FORNO, FINALMENTE,
OS ME 78, 79 E 80, SUPER LINDOS!!!
FAÇAM SUAS ASSINATURAS ANUAIS OU
PEÇAM SEUS NÚMEROS AVULSOSPELO:  memerg@gmail.com
AGUARDO VCS!!!!
BOM FIM DE SEMANA, BJOCA,
Tânia

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Amigos,

De repente, a festa acabou!!!
Saímos da competição,
Brasil sai da Copa do Mundo, na África!!! Pena!!!
Mas, futebol é, e deve ser, apenas um jogo, uma diversão, não acham?
Tempo de voltar à vida normal, enfim.

E, feliz com o resultado do
5 Concurso Internacional de Miniconto e Poesia Mulheres Emergentes,
aguardo vocês para o
I CONCURSO INTERNACIONAL DE LENDAS E POESIA  MULHERES EMERGENTES,
cujo prazo de inscrições foi prorrogado para 31-07-10.

E conto mais uma boa notícia, e convido, para esta Oficina
no Centro Cultural Salgado Filho:

LITERATURA

DIA 14 de Julho, QUARTA, DAS 19H ÀS 20H, NA

BIBLIOTECA: Oficina de haicai, com a

poeta e editora Tânia Diniz. Viagem

sensorial ao universo da poesia, com

ênfase na concisão, no despojamento e

no essencial. SENTIDOS DO VERBO.

OBA!!!!
 na próxima semana já teremos novos murais poéticos ME circulando pelo mundo!!!!....

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Seguindo a apresentação de mais premiados no 5 Concurso ME...

hoje temos:

Menções Honrosas

 Poesia

Kadydja Albuquerque Borba - Aracaju - Sergipe

PROSA DE DUAS


- Vai, me conta

que felicidade toda é essa?

- Não é grande coisa, tonta,

é só a falta de pressa.

- E esperar não desatina?

Quando penso na estrada,

me vem logo essa sina

de viver aqui dentro

a espreitar pela janela.

- Não seja boba, amarela!

À espreita está seu pensamento,

que entorta o caminho

e teme o andar do tempo.

Vá viver sem contar as horas.

Crescer é assim mesmo, demora.

E se o dia um dia apavora,

Crie quantos sonhos puder.

- E depois de sonhar?

- Depois mate um a um.

Isso é o que te faz comum.

Isso é o que te faz mulher.

- E se comum eu não quiser ser?

- Comum você já não é.

Por isso essa pressa

que consome, menina.

Por isso essa janela,

que não abre a cortina.
Alkady

*

Emilia Oliva - Cáceres - España

avanza como reo al cadalso


y sólo siente el animal que es

más allá de toda compostura

la cicatriz de un miembro cercenado

el frío nítido y el recorrido intacto

de lo que no es

un animal que va al cadalso

y nada tiembla
Emilia

*
Sílvia Anspach - São Paulo - São Paulo


PALIMPSESTO

Rasura é

instrumento

que revela

as camadas de tinta,

a tela

sob o verniz.

Textura pura,

matiz primeiro,

sem mistura,

absoluta fonte,

Matriz

primeva tintura,

força motriz:

Adão e Eva
 Rosmarino

 
Destaques
 
Laís de Castro - São Paulo - SP
 
Gato na janela


Tem um gato na janela da minh’ alma

Que alarma minha di-agnóstica fé

Quieto, silente, em posição bem calma

Ganha, perde, ressona e cai de pé

Tem um gato na janela de minh’alma

Pronto a um indecente e vão dissídio

Comigo, que o acolho e dou morada

Num esdrúxulo e inútil suicídio

Tem um gato na janela de minh’alma

Que gira em torno de si. Não quer parar

Que mia e canta e chora e desafia

O meu desejo impróprio e singular

Tem um gato na janela de minh’alma

Que quer comer, caçar e me arranhar

Desperdiçando as nossas sete vidas

No extremo azul sangrento deste mar

Tem um gato na janela de minh’alma

Que bate e rebate bolas em degredo

Que me suporta, me aquece e me acalma

Que corta, exclui e subtrai meu medo
Laís

*
Alicia Zavala Galván - San Antonio - Texas - USA
 
Paraíso: La ultima noche


Empiezo a vislumbrar

la puerta que conduce

al exilio.

Esta hecha de huesos.

Los huesos de los que

morirán de enfermedad

de hambre,

de los que fallecerán

en las guerras sin fin

por los siglos

de madres sin hijos

y hijos sin madre.

Mañana

todo cambiara de pronto.

Esta noche se siente

larga y pesada,

jamás volveré a dormir

el sueno de los inocentes

como Adán duerme

en este momento.

El no sabe que son

sus últimas horas

rodeado por perfección .

Mañana

le ofreceré una manzana

de aquel árbol

fragrante y bello.

Aceptara

confiando en mí

Así como yo confié

y le pagare con traición

así como yo fui traicionada

En ese momento

todo se derrumbara.

Empieza amanecer.
Ojismo 

*

Patrícia Avellar Zol - Belo Horizonte - MG

Me Soa Dentro, Aceitei,


Dos Males: O Maior.

Vale Tudo, Qualquer Coisa

Vai No Fundo, Ensimesma

Encisterna, Bóia, Vira-Bosta

Vira-Lata,Vira Troça

De Si Mesmo

Trapo De Farrapo

Haja Guerra!

Suculentas Carnes Enchem

De Tanto Vazio

Desequilíbrio

Aporte Em Si

Pise No Sonho

Crie-Se De Novo

Pra Parar De Boiar

Pra Tentar Voar

No Caminho De

Tua Estrada Finda.
Celacanto

*
Maria Cristina Dreser - Buenos Aires - Argentina

DIBUJO
(I)

Entre las sombras te veo en silencio

rodeado de puntos suspensivos...

Sé que te maté con mis labios,

te enterré con mi pensamiento,

detuviste tu viaje en mis sábanas

para que recuerde levemente

tu piel, tu aroma y el contacto soñado.

En la oscuridad tu rostro es un dibujo

que quiere convencerme que sigues vivo.

Tu voz callada revuelve mi conciencia,

desciende poco a poco para encarcelarme.

Sé que mis labios te han matado

y asistí al funeral.

(II)

¿Por qué vuelves? ¿Acaso no estás muerto?

Traes preguntas, inventas respuestas

con el lenguaje de los muertos,

aprendiste a descifrar el misterio

para dejarme en la incertidumbre

de pensar que si tú estás muerto

quien está ahora a mi lado

es la sombra de mi propia muerte...
LUZ DE LUNA


* * *

 
Minicontos
 
Menções Honrosas
 
Carlos Fradkin - Buenos Aires - Argentina

Puerto Algarrobo


Mis antepasados, por miles de años, fueron cuidados por sus pastores espirituales, los mismos que tal vez hoy, aún nos cuidan, y nos guían en la creatividad del silencio, en medio de una naturaleza que nos otorga sus dones, los que debemos descubrir y valorar entre las plantas vivaces de nuestra existencia.
Y cada uno de nosotros -quizás- tenemos un Dios, consecuentes con la fe, y
aun sin ella, que nos resguarda la memoria, protegiendo e indicándonos los caminos.
Un día, en Puerto Algarrobo, un pueblo de mi provincia con sus viejas casas de piedra y aberturas resquebrajadas, vagaba un caminante, agobiado por sus problemas. En busca de paz acaso, descendió por las barrancas hasta llegar a la costa del río Paraná. Se detuvo en las arenas. Y él, que nunca admiró la naturaleza, se quedó allí, extasiado, mirando el reflejo del sol en las aguas, las bandadas de pájaros volando por los islotes cercanos, y observó las canoas de unos pescadores que hundían lentos los remos, dejándose llevar por la correntada.
El hombre, de rodillas sobre la arena y en la orilla misma del río, concentró su atención en todo cuanto lo rodeaba. Sintió paz en su interior y un gozo indescriptible. Se incorporó, elevó sus brazos al cielo, y agradeció.
Joaquín Ortiz

*
Marta  Helena dos Reis - Contagem - Minas Gerais

O mercador de estrelas


Noite de junho. O frio cortava minh’alma-ossos. Em plena Praça Sete, andávamos de braços dados, eu e a solidão. Já éramos velhas conhecidas e desde há muito, entre nós se estabelecera uma parceria cúmplice. Pro nada, caminhávamos... De repente, no soslaio do espanto-encantamento, aquele homem eu avistei, rodeado de pivetes! Todos se aqueciam ao fogo de papelão recém aceso, quando me aproximei. Com passos de desalento, caminhei sem hesitar, pois na vida, eu já perdera tudo! O homem falava por enigmas, em língua que espocava brilhos e purpurina ao luar. Alguns mendigos, também chegavam. Geava no adentro-fora do mundo, então juntar-me àquela gente, era um jeito de me aquecer... Sem dúvida, o homem era o centro das atenções. Certamente, de outras noites, já o conheciam. Esperançosos, aguardavam-no, enquanto ele se preparava, como para um ritual sagrado. Concentrado, ajeitou o seu turbante e pegou, solenemente, a sua gaita. Em seguida, mandou que fechássemos os olhos e começou a tocar... Eis que a música, aos poucos, ia nos penetrando, penetrando. Profundamente. Embriagados, obedecíamos ao seu comando. Com doçura, nos ordenou que levitássemos no rastro das estrelas, cavalgando o firmamento, pelas galáxias do além sonhar... Por quanto tempo?... Ah, não sei!... Mas foi o tempo suficiente para esquecer o frio, a fome, o medo... Lentamente, acordávamos daquele sonho, leves e calmos... Trazíamos fagulhas de infinito, faiscando no olhar. Assim, alguns partiram; outros, porém, dormiriam por ali mesmo, ao calor daquelas chamas. Quem pôde, deixou na caixinha alguns trocados. Dentre tudo, eis a surpresa maior: o homem era cego! Ele ganhava o sustento vendendo estrelas que ele mesmo, jamais contemplara! Deixei na caixinha algum dinheiro e segui meu caminho... Entre mim e a solidão, se interpusera agora o mercador de estrelas que nunca esquecerei! Naquela noite, ele me ensinou a cavalgar o infinito, naencruzilhada de meus descaminhos, onde me reencontrei.
 BORBOLETA DE NEON
*
Delba de Avelar Menezes - Ribeirão das Neves - MG
 
Amor de Chocolate


Duas xícaras e meia de açúcar. O afeto é doce e não admite frações. Suas mãos lânguidas deslizam sobre a página do livro de receitas num carinho implícito, sem respostas. Duas colheres de manteiga, três ovos. As claras batidas em neve. Neve. A palavra viaja em seus olhos até o cume de montanhas em fotos de revista.

Imagina o bolo de chocolate com seus convites implícitos misturando-se à saliva na boca dele. O gosto doce-amargo transubstanciado na língua em bom bocado de quereres. A vontade explícita de comer doce, agora aflorava-lhe à pele e acometia seu peito com inexplicáveis anseios sem medidas. Abre o armário procurando localizar nos rótulos os nomes desconhecidos do amor, quando a fome irrompe nos poros.

Três xícaras de chocolate. O leite jorra do peito. Fermento não precisa, a massa transborda da tigela. As mãos dele passeiam pelo dorso das costas amansando suspiros ainda adivinhados.

Na batedeira, a massa gira em sentido horário, mas o tempo desobedece o relógio e pára para esperar o amor inventado. O amor transita entre miragens e sabores, verbos conjugados em desaparelhas, pretérito mais que imperfeito.

Ele vem chegando. Ela espera. A massa pronta, só falta uma pitada de sal, contraponto para temperar a vida. Ela abre a gaveta, vêm à memória a conversa de ontem, os sussurros e os silêncios. A colher de pau perdida entre os talheres embaralha suas lembranças.

O calor do forno arde no peito. O bolo cresce. Penetra-lhe no corpo um bando de andorinhas, mas não é verão. O tempo é frio, voam solitárias asas no vermelho do horizonte. O azul, que seria do céu, tinge os lençóis amarrotados de tulipas escondidas na trama dos tecidos, a seiva da planta deixa nódoas rememorando o amor. A massa é leve. A pele, macia. As mãos dele deslizam pelos contornos da geoanatomia descobrindo montanhas, depressões, planícies e pântanos.

Ela espera... o tempo parado passou no relógio.

Bolo na boca. Na saliva, o gosto amargo-doce de chocolate sem beijo.
plurimarias

*

Eliane Accioly Fonseca - São Paulo - SP
Gregos

Apararam os cabelos do menino de dois anos, e no lugar da festa a tragédia: esgoelou de sufocar. Espantada a mãe viu o sangue correr dos fios cortados, e em cada fio, uma pequena serpente que, rabo de lagartixa podado, voltava a crescer. Viviam no reino de Medusa, e a família se apavorou. A deusa malévola certamente não admitiria outro igual em seu universo.

Enviado por precaução ao Templo de Apolo. Cabelos ofídicos faziam dele um ser das sombras. Protegido, porém, por Apolo, o deus solar, a aparência de malvado não desmentia seu generoso coração. Amado pelos que o cercavam. Nenhum homem, mulher ou bicho que olhasse direto sua face ou olhos jamais se petrificou, muito ao contrário, dançava como bambu. Ao crescer tornou-se namorador e fez grandes amigos, entre esses, um tal de Teseu.

Paradoxalmente, a única a se queixar dele foi Medusa. Correria o risco de provar de seu próprio veneno? Encontrá-lo a petrificaria? Ela assim acreditava. Acusava-o de roubo de direitos autorais. Pensava nele com tal arroubo odiento, que o fantasma daquele jovem povoou seus dias e suas noites, foi sua inconteste e grande paixão; sua imagem masculina e especular; seu avesso; o pior veneno de sua existência _ sempre à distância.
Nem Freud explica.
Lili
* * *
Destaques

Valderez Mello Cornachione - Jundiaí -SP

TRAIÇÃO NÃO TEM PERDÃO!


Idos de 1945. A guerra havia terminado e na casa grande e arejada da pequena cidade, uma linda mulher cuidava dos filhos: feliz, lavava, passava, cozinhava. Loura de cabelos encaracolados, boca bem traçada, pernas deslumbrantes e brilhantes olhos verdes. Uma deusa entre panelas, tanque de roupas sujas, ferro de brasa e fogão de lenha. Uma vida sem passeios, sem projetos, apenas o rádio, sobre o étagere, proporcionava músicas e lágrimas com a novela no final da tarde.

Sua beleza e juventude eram fartamente oferecidas ao único homem de sua vida, vinte anos mais velho, com quem se casara com apenas dezesseis anos. Todos os filhos nasceram com ajuda da parteira, entre dores e alegrias, nada de resguardo, nada de repouso. No dia seguinte ao parto, punha-se a trabalhar como se nada tivesse acontecido.

O marido, a cada dia atrasava mais e mais para voltar para casa. Ela, uma mulher bonita, fogosa, alegre, saudável, honesta, trabalhadeira, zelava dos filhos e da casa, não aceitava a idéia de infidelidade. Então, uma noite, resolveu esclarecer e constatou: existia outra mulher, uma aventura, uma diversão, fosse lá o que fosse, era traição e traição não tem perdão! Porém, sua única realidade era uma casa e seis filhos. Sem profissão definida, como enfrentaria um desquite? Então, decidiu fazer justiça com seu próprio martelo. A separação não dependia de juiz algum, mas somente dela e sentenciou ao marido:

_ De hoje em diante nesta casa não haverá mais choro de criança! Você é um homem livre e poderá ter as mulheres que quiser, menos uma: eu. Porém, arcará com a obrigação de sustentar nossos filhos. Assim foi decidido e assim se fez. A separação de fato e de direito estava formalizada. Entrou no então quarto do casal, desmontou a cama de alvos lençóis, carregou tudo para o quintal e com o mesmo machado que rachava lenha todas as manhãs, golpeou o móvel ensandecida, juntou as lascas de madeira, acendeu o velho fogão a lenha e preparou a refeição do dia. Junto ao crepitar das chamas incinerou o casamento. Essa mulher emergente envelheceu e morreu na mesma casa, aos noventa e sete anos. Missão cumprida!
Marisca
*

Mariza Trancoso - Belo Horizonte - MG

O Anjo

Ela já fez oito anos, ainda chupa dedo, ri de tudo e desenha em toda parte. Parece vício! - recrimina a mãe. É conhecida como Lila, a afilhada do Bom Jesus da Lapa. Mas, essa é outra história... Não cabe aqui, neste miniconto.

O certo é que a menina não pára de desenhar. As paredes negras de fuligem, os cadernos e até as areias do rio que margeia sua cidadezinha natal acolhem resignados seus gráficos devaneios. O quadro negro do Grupo Escolar também é testemunha de sua passagem e fluência: cangaceiros e marias bonitas se misturam a bandeirolas e flores; meninos e meninas, cães e gatos se confundem com estrelas cadentes e balões, num céu de giz.

Outro dia ela desenhou o coroinha da igreja, no caderno de aritmética. Mas escondeu. É sua paixão secreta. Por ele, apenas por ele, não perde uma missa. Não reza nada. O altar é seu palco, sua tela de cinema, seu circo. Tatu - cujo pai sonha em endireitá-lo com a ajuda do padre alemão - tem a mesma idade: é baixinho e gordinho; ela alta magra. Durante

as missas ele vira anjo e voa. Se junta aos outros, no teto da capela de N. Senhora d Ajuda, e fazem a festa... Lila voa junto segurando a saia, talvez por pudor...

A menina o viu, pela primeira vez, quando ambos corriam, entre a molecada, atrás do palhaço de circo recém chegado à localidade. À noite foram vistos sentados na primeira fileira da arquibancada sob a lona aplaudindo com alvoroço, comendo pipoca e morrendo de rir.

Mas, nunca se falaram. Nunca, nem mesmo se entreolharam...

Fora das missas Tatu é um moleque como outro qualquer. Sem fantasia o mundo real beira o tédio e todo moleque é igual. No mundo de Lila, só habita o imaginário. Nada de códigos, nada de proibições. Lá, para se apaixonar, basta mergulhar no sonho, recriar a realidade, fantasiá-la e se divertir. A paixão por Tatu se expande nos desenhos e se renova a cada missa.

A afilhada do Bom Jesus ama um anjo e morre de rir de tudo o mais.
Jade

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Neuza Ladeira - Belo Horizonte - MG

Terra seca fogueira ardente

Quando as forças de seus nervos se desconectaram fazia com que as pessoas se ressentissem e afundava numa duvida hospitalar mas sempre dizia estar mesmo aflito galopante exausto Todavia o ano transcorreu numa convivência repetida Depois do terremoto do cansaço nas faces irritadas sabia que o ninho tinha sido varrido pela tempestade Navegou na profunda solidão.
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Maria Inês Marreco - Belo Horizonte - MG
 
PÉS DE GALINHA

A amiga acabara de telefonar avisando que estava em Belo Horizonte, morrendo de saudades e que não admitia voltar para o Rio sem se encontrarem. Um chá, um jantar?

Dorinha não pensou duas vezes. Marcou um encontro em sua casa. Ficariam mais à vontade, a amiga conheceria seu novo apartamento, reveria seu marido e as meninas, que ainda eram muito pequenas da última vez que as vira. Põe-se em ação imediatamente. Queria deixar a casa arrumada, comprar algumas flores, uma lembrancinha para oferecer à amiga e preparar um lanche gostoso.

Na hora do almoço, todos à mesa, Dorinha comentou com o marido:

- Sabe quem vem nos visitar hoje?

- Quem?

- A Alice, lembra-se dela?

-Claro. Há muito tempo não a vemos.

- Pois é. Da última vez que a encontrei, coitada, estava tão acabada, a pele tão mal tratada, cheia de pés de galinha!

- Mas também, pudera, depois de tudo que passou!

- Tomara que esteja melhor, ela merece ter um pouco de paz na vida, sofreu tanto!

Finalmente, chega a amiga. Abraçam-se e beijam-se efusivamente. Foi aí que Alice pode observar que a pequena Sofia olhava insistentemente para seus pés. Então perguntou:

- Olá querida! O que tanto olha para os pés da tia?

A menina dirige-se diretamente à mãe:

- Mamãe, você disse que ela tinha pés de galinha? Não tem não. Os pés dela são iguais aos nossos. Presta atenção. Não são?
Madame Mim

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