domingo, 2 de agosto de 2015

​A Saga ME - Mulheres Emergentes - Parte I. C


Ano 1 . No. 1.  Março 1990     1.000 exemplares                            




                                                       Um legado poético

Dizem que a paixão é um sentimento efêmero, mas não é o que sugere a estreita relação entre autor, texto e leitor na saga da “Editora Mulheres Emergentes”, idealizada por Tânia Diniz, em Belo Horizonte/Minas Gerais.
A boa relação vence o tempo. Por isso, faz parte desse amor o desejo, a confiança, o senso crítico, o respeito ao outro e a coragem de expor as vozes de mulheres de diversas regiões do Brasil e tantos outros países.
Com o propósito de levar ao público uma literatura que surpreende e provoca, e de reiterar o amor e o respeito ao fazer literário, a editora transformou o jornal mural “Mulheres Emergentes: o sensual em cartaz” em instrumento de luta: pelo menos, foi isso que eu intuí quando fui convidada a colaborar com o mural: um lugar incomum para expor minhas inquietações em torno do ser e estar no mundo; onde me reconheci em cada verso escrito por escritoras(res) que contribuíram para a boa repercussão da Editora  M.E. Nesse ritmo, a Editora acolheu a parceria dos poetas Wilmar da Silva Andrade e Flávio César de Andrade que escreveram com Tania Diniz o livro “Bashô em Nós”, Coleção Milênio. A propósito de outros nomes publicados pela M.E,  cabe sublinhar: Adão Ventura, Barbara Lia, Berenice Heringer, Eliane Accioly Fonseca, Helton Gonçalves de Souza, Hugo Pontes, Johnny Batista Guimarães, Iara Vieira, Lúcia Serra, Sandro Starling, Silvia Anspach, Teruko Oda , Vera Casa Nova, e eu mesma, entre outros.
Editora M.E: um legado poético. Vinte e cinco anos de respiração movida pela paixão, pela arte. Vinte e cinco anos de poesia e resistência no trato da palavra oriunda de homens e mulheres que reafirmam a perenidade da arte e deixam, como afirma Tânia Diniz, “a mais profunda herança: o Belo”. Em síntese, seria redundância perguntar de onde vem a força que contribui para a sobrevivência da Editora ME?

                                                    Nordeste do Brasil, julho de 2015
                              


                                                                      Graça Graúna 
                              (Povo potiguara /RN) profa., poeta, pesquisadora
 




O que pode a poesia ? O que pode o poeta? Se não fosse gente como Tania Diniz a incentivar e arrumar mil jeitos para fazer o ME estaríamos  mais perdidos do que já estamos.  O Mural  das mulheres  é da melhor qualidade. Aliás nem só de mulheres...vale o verso, vale a emoção, vale o sentimento. Obrigada Tânia pela força! Continue e conte comigo para continuar a fazer poemas .
                                                                    

                                                                               Vera casa nova
                                                             poeta, professora universitária





                  ME ano 1. No. 1  março 1990 

Editorial – Tânia Diniz e Livia Tucci

Ilustração - Jussara Rocha - bh-mg



Parece dança –     Lúcia Serra – Lavras -mg


Púbis –       Anita Costa Prado – sp / sp


Encarnada –     Livia Tucci – BH-MG


Erótica –         Paulo Leminski (1945-1989) Curitiba-PR


Gotas –           Alice Ruiz –Curitiba –PR


 Sex o(u)r all – poema visual -  Tania Diniz – BH- MG


Quando –     Marisa Fillet Bueloni – Piracicaba –SP


Esturpo –     Denise Emmer – Rio de Janeiro - RJ


Luau –        Rosa Angela Fontes – Porto Alegre – RS


As palavras escorrem como líquidos –    Ana Cristina César (1958-1983) RJ


Se o plenilúnio ocorresse... –    Denise Bottmann – Curitiba –PR


Rito –      Marize Castro – Natal- RN


Uma mulher –    Bruna Lombardi – SP/SP 


Ferótica –        Márcio Almeida – Oliveira –MG


Editorial

Dizem que, como os anjos, a poesia não tem sexo.
E como eles, também o erotismo, esse estado de espírito (ou de sítio - afinal, vivemos em cerco), onde sempre vamos buscar no alimento dos deuses, nossa ambrosia humana.
Essa matéria de trabalho, portanto, toda feita desses elemento assexuados, nos leva a redefinições, novos enfoques, a derrubar conceitos e preconceitos, a questionar os mitos e, enfim, abrigar todo poeta - que preferimos hermafrodita, em poesia - que se alinhe conosco dentro e fora dos limites do corpo, na fronteira da palavra. Buscando o feminino que o olho não vê e se oculta, mas a alma pressente e emerge de suas águas abissais. Na comunhão dos anjos. Na remissão da carne. Na confissão dos pecados.

                                                            as editoras 

Chau!
tania

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