Ano 8 No. 30 Jun.Jul.Ago.1997 Tiragem 1.000 exemplares
Mulheres Emergentes
Desde menina a escrita me acompanha nos cadernos, nas folhas soltas, na
intimidade dos cômodos da casa. Lembro de Paul Auster ao citar a frase de Pascal:
“Infeliz é o homem incapaz de ficar sossegado no seu quarto”.
A solidão é necessária no desdobramento da escrita. Mas há a dobradiça, dobra
da porta que se abre para o mundo.
Foi num dia de águas claras, naquele ano em que uma chuva de letras escreveu o
céu, que as mulheres emergentes visitaram a minha casa. Ali, uma poeta de olhos
d’água entoou uma canção: É preciso espalhar a poesia pelo mundo. Com essa música
uma nova paisagem se desenhou e todas as janelas e portas da casa se abriram para dar
passagem às palavras.
No “Mulheres Emergentes” ganhei o meu primeiro concurso literário com o
conto “Chuva branca.” Foi como colocar os pés fora de casa e ainda trêmula dar os
primeiros passos. Hoje estou aqui para testemunhar e agradecer à Tânia Diniz pelo seu
trabalho dedicado à literatura. Ela me revelou que a poesia, que não tem a precisão de
quem navega, é vida e precisa ser semeada.
Obrigada, Tânia.
Flávia Drummond Naves
Desde menina a escrita me acompanha nos cadernos, nas folhas soltas, na
intimidade dos cômodos da casa. Lembro de Paul Auster ao citar a frase de Pascal:
“Infeliz é o homem incapaz de ficar sossegado no seu quarto”.
A solidão é necessária no desdobramento da escrita. Mas há a dobradiça, dobra
da porta que se abre para o mundo.
Foi num dia de águas claras, naquele ano em que uma chuva de letras escreveu o
céu, que as mulheres emergentes visitaram a minha casa. Ali, uma poeta de olhos
d’água entoou uma canção: É preciso espalhar a poesia pelo mundo. Com essa música
uma nova paisagem se desenhou e todas as janelas e portas da casa se abriram para dar
passagem às palavras.
No “Mulheres Emergentes” ganhei o meu primeiro concurso literário com o
conto “Chuva branca.” Foi como colocar os pés fora de casa e ainda trêmula dar os
primeiros passos. Hoje estou aqui para testemunhar e agradecer à Tânia Diniz pelo seu
trabalho dedicado à literatura. Ela me revelou que a poesia, que não tem a precisão de
quem navega, é vida e precisa ser semeada.
Obrigada, Tânia.
Flávia Drummond Naves
BH - MG poeta e psicanalista
Editorial - Tânia Diniz -BH - MG
Ilustração - poemas visuais - Maria Luz Bermejo - Madrid - España
e Juan Orozco Ocaña - Sevilla - España
Ballerina - conto - Tânia Diniz - BH - MG
Aquarela - Patrícia Blower - Niterói - RJ
O teu desejo... - Roberto Uber - BH- MG
Verônicas - Cláudio Nunes de Morais
XI - Que o tempo não me tenha ... - Teresinka Pereira - Ohio - USA
Flor de naranjo... Gabriela Rabago Palafox - México
De seda e sinuosa... -Roberto Saito - São Paulo - SP
Fome - Beth Brait Alvim
Fantasia - Ângela Abi-Sáber - Carmo da Mata - MG
Ânfora - Laura Amélia - Turiaçu - MA
No la que ves... - Susana Boéchat - Buenos Aires - Argentina
Lamentos - Lívia Petry - Porto Alegre - RS
De pêlo em plumas - Neusa Peres - Goiânia - GO
O náufrago - Sylvio Back - SC
Carmem - Antônio Moura
A homenagem do ME aos 159 anos do nascimento de Castro Alves, comemorados em 14 de março deste ano.
Editorial
Muda
a estação mas nosso clima poético persiste. Agasalhe aqui seus sonhos. O
inverno é apenas véspera de primavera e hibernação de flores.
a editora
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