domingo, 13 de setembro de 2015

A Saga ME   -    Mulheres Emergentes    -    Parte 5. 6 

Ano 10    No. 39    Set.Out .Nov.  1999         Tiragem  1.000 exemplares



                                                   CoMEmorando 

Mulheres Emergentes não nasceu hoje. Acompanho o trabalho do ME desde o início, e talvez seja por esse elo que eu tenha sido convidada a escrever sobre ele, e que eu esteja aqui-e-agora me desempenhando de tão agradável tarefa.
Impossível, porém, enfocar o meticuloso trabalho do ME, sem primeiramente falar de quem o criou com toda dedicação, garra, coragem, resistência e amor à literatura: sua mentora e editora Tânia Diniz. Escritora sensível, Tânia muitas vezes deixou de lado a própria carreira, para levar adiante seu projeto ideológico de  abertura de espaços, o que conseguiu não só através dos autores que publicou, como também pelo formato escolhido da publicação inicial - cartaz - , que possibilitou uma maior penetração em exposições, lugares públicos (praças, teatros, colégios), e, emoldurado como painel ou quadro, também em escritórios e salas- de-estar. Leia-se: em paredes nunca dantes navegadas pela poesia.
Logo após, acompanhando seu tempo histórico (1989) , Mulheres Emergentes, em época de abertura política, ampliou horizontes do mercado cultural, mantendo-se fiel aos seus alicerces, sem cair em construções mais fáceis : até hoje, mesmo com parcos recursos de patrocínios, e com todos os obstáculos encontrados pela frente, mantém sua integridade, retidão, e rota firme, tendo reconhecimento inclusive fora do país, através de seus quatro concursos internacionais.
Posso dizer, sem receio de errar pelo excesso, que Mulheres Emergentes alcançou um feito nacional raro: obter sucesso, sem descaracterizar sua feição originária e original.
Entretanto, o que me sensibiliza e me toca ainda mais profundamente, é o ME orgulhar-se de ser uma Editora Alternativa (exibindo à quase totalidade de editoras de médio porte, que, exclusivamente comerciais, valorizam muito mais o lucro do que a literatura que veiculam. "Alternativas", para quem as vivencia conscientemente, significa solidariedade, raça, interatividade, criatividade e uma postura diferente da usual, de querer levar vantagem sempre, em tudo."
Por tantas e todas essas diferenças, Mulheres Emergentes se distingue, se sobressai no panorama cultural do país nesses dezoito anos de atividades, oferecendo a doçura de seus belos frutos e abrigo de sua frondosa copa à Árvore do Saber.

                                                Leila Míccolis 
                                               in Antologia ME 18 - 2007 
                 Escritora de livros, tv, teatro e cinema, e co-editora de Blocos Online. Rio de Janeiro - RJ



Editorial - Tânia Diniz - BH _ MG 
Ilustração - Fernando Botero - Medellín - Colombia 

Indomável - Ana Maria Rezende - Santo Hilário - MG
Amou-me como um deus ... - Tânia  Diniz - BH - MG 
O céu do poema - Cristina Guedes - João Pessoa - PB
Nuvem  - Linaldo Guedes - J.Pessoa - PB 
Amiga - para tânia diniz -Maria do Carmo Ferreira - mineira radicada no RJ
Narciso e o lago - Ines Figueiredo - Fortaleza - CE
Sexta-feira - Djanira Pio - São Paulo -  SP 
Só queira saber do que urde ... - Flávio Boaventura - BH - MG 
Mas acaso /a quem aninha... - Luiz Roberto Guedes - São Paulo - SP 
Perfumei minha alcova... -Pierre Louÿs  (1870-1925)  - Gante - Bélgica 
( II) A mão em concha ... - Helena Armond - São Paulo - SP
Metodologia - Fábio Albuquerque - J. Pessoa - PB
Trânsfugas - Vitória Lima -  J. Pessoa - PB 
Taj-Mahal - Augusta Faro - Goiânia - GO 
Vadiagem - Graça Graúna - Recife - PE 
Pela janela aberta - Marina Colasanti - Rio de Janeiro - RJ

Editorial


"... Enfim em minhas mãos o Mulheres Emergentes. Não cuidava tanta leveza; tamanho assombro de almas. ... Parabéns por tudo. Dez anos não são dez-alentos. Alentos são. Eternos segundos. Acalantos. Dez anos; Milênios são.São ângulos, arestas, vértices que se curvam sobre as curvas dos versos que e a exatidão do tempo; que driblam o relógio dos céus e permanecem novos, sob ventos ancestrais. Virão novas brisas e outras novas brisas virão.Nessas brisas antigo novos versos estarão guardados. Eternos versos remoçando antigos diários, enfeitiçando sonhos inertes nos cantos dos quartos de invulneráveis almas. ...
São belos, belos, ímpares, leves e belos. Minto: inenarráveis. ..."
                                           (Trecho de recente carta enviada à editora pelo poeta Rinaldo Azevedo Brandão - Nova Serrana -MG) 
Ideais fortalecidos. Primeira década vencida! Felicidade e flores no ar!

                                                                                       a editora

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