sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Queridos amigos,

em setembro passado tive a grata alegria de receber alguns poemas meus, traduzidos para o

 inglês, pelo amigo poeta, Leonardo de Magalhaens, os quais reproduzo aqui pra vocês! 

Apreciem!!! Comentem!



Moons

At the new moon

 of curved brilliance

 the passion you renew

In my sky

 of growing heat

 the flame grows higher

And snake & mermaid

 I find myself coming: full moon

 And when,

 bacchante,

 even waning,

 you grip my waist

 in the quarter of each month,

at every time,

 you uncover with art

 the bloody face

 of my moon

scarlet.

                         td

Luas

Na lua nova

 de recurvo brilho

 a paixão renovas

       No meu céu

     de cio crescente

     a chama alteia

     E serpente e sereia

      me encontro vindo: lua cheia
    
 E quando,

 bacante,

 mesmo minguante,

 me prendes a cintura

 na quadratura de cada mês,

a cada vez,

 desvendas com arte

 a sanguínea face

 de minha lua

escarlate.

                                              Tânia Diniz

Penelope

I wait.

As Penelope

I weave the web

with sigh & longing

in half point.

At the moonlit nights

I intersperse

threads of passion

brights of pleasure

embroidered in song

me, all nude,

clothing your hand.

Ready the mantle

wrapped with magic

mad dreams in the bed,

the weave of the lover.

As Penelope

at the moonless night

without your steps outdoors

I undo, I unravel,

my points, your knot.

Solitude, I have no measure.

Tomorrow, I restar
                                                                 Tânia Diniz           


Penélope

Espero.

Tal Penélope

teço a teia

de suspiro e saudade

em ponto meia.

Às noites de lua

entremeio

fios de paixão

brilhos de prazer

bordados em canção

eu, toda nua,

vestindo tua mão.

Pronto o manto

envolvo de encanto

loucos sonhos na cama,

a trama de quem ama.

Tal Penélope

na noite sem lua

sem teus passos na rua

desmancho, desfaço,

meus pontos, teu laço.

A solidão, não meço.

Amanhã, recomeço.

                                              Tânia Diniz


Butterfly

A kiss 
for the whole body 
 fast
setting
 a purple butterfly
 bite
 in the
 thigh
              td

Borboleta

Um beijo

pelo corpo inteiro

 ligeiro

deixou

 uma borboleta roxa

 mordida

 na

 coxa

     Tânia Diniz
...

o meu amor é doce 
 ternura que espanta 
 pássaros da garganta.
 Mas,
chega, chega de romance 
 amor agora, só free-lance.  

My love is sweet 
a tenderness frightening 
birds from the throat. But, 
 it is enough, no more affair 
 love for now, 
 only freelance.

                                                   Tânia Diniz

Pintura

Me faço

traço

Nanquim

na tua tela

Ponto, elipse,

paralela

Me disfarço

esfera

no trapézio

do papel

Danço

losango absurdo

na horizontal

triângulo essencial

ao teu pincel

Me dissolvo

caravela

em águas

de aquarela.

               td

Picture

I do myself

trace

black ink

in your canvas

Point, ellipse,

parallel

I disguise myself

sphere

in the trapeze

of the paper

I dance

absurd lozenge

in the horizontal

essential triangle

to your brush

I dissolve myself

caravel

in waters

of watercolor.
             td


Pintura 

 


Me faço

traço

Nanquim

na tua tela

Ponto, elipse,

paralela

Me disfarço

esfera

no trapézio

do papel

Danço

losango absurdo

na horizontal

triângulo essencial

ao teu pincel

Me dissolvo

caravela

em águas

                                                 de aquarela.
                                              

                                         Tânia Diniz
...
       

Kingdoms

With the forms of apple

The surprise

of texture & color

of the pomegranate

Of the cashew,

juicy pulp

Of the nearly ripe guava,

the freshness

Then,

tasty & nude

the acute hunger

at your table,

to see, maybe,

the rising heat

of your hard meat.
                             td


          Reinos

Ter formas de maçã

A surpresa

de textura e cor

da romã

Do caju,

sumarenta carnadura

Da goiaba de vez,

o frescor

Então,

apetitosa e nua

a fome acesa

em tua mesa,

ver, talvez,

o emergente calor

da tua carne dura.

                                              Tânia Diniz

    Tradução livre by Leonardo de Magalhaens   

chau!!! bjocas

2 comentários:

Eliane Accioly disse...

O sublime de ser poeta! A poeta Tania Diniz.
Sem adjetivos.

Unknown disse...

ACHEI LEGAL. SUCESSO! ABRAÇOS TELMA DE JESUS/CORAÇÃO DE JESUS/M G