quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Recordando....

31.01.18  Quarta  

Com alegria, encontrei no facebook, em 26.01.18 :

Viva a poeta Tânia Diniz e o seu trabalho incansável na divulgação da poesia!!!!

Líria Porto

que compartilhou a publicação de Roberta Silva Pinto.
Ontem às 13:47 · 

Tânia Diniz, há 30 anos publica seu jornal Mulheres Emergentes. Na raça e no amor pela poesia. Fantástica a história dela e desse projeto. Conheçam!


ME Ano 3
Clique na imagem para visualizar detalhes da edição. Ano 3 - ME 9 Ano 3 - ME 10 Ano 3 - ME 11 Ano 3 - ME 12 Espe...
http://www.mulheresemergentes.com/p/me-ano-3.html



E uma linda lembrança de 2015.

Fui publicada na Logos, de Portugal, em Julho e Setembro 2015!


http://www.carmovasconcelos-fenix.org/LOGOS/L16/LOGOS16-SET2015-TEXTO-32.htm 




FÉNIX


LOGOS Nº 16
SETEMBRO 2015
Tânia DinizPág 32



Pág 64

F





Tânia Diniz



UMA NOITE
Por Tânia Diniz

Branca de luar ela passeia sua inquietude pelos jardins. A alma presa por um fio, quer romper-se do peito.O que será? Quando virá?
Da escura ramagem, em estreita curvam surge o cisne.
Coração aos saltos, aproxima-se a donzela. Magnético olhar prende-lhe o suspiro ao meio. As macias penas do longo pescoço roçam-lhe a garganta com suavidade.
Com contida excitação, não se surpreende ao ver transformar-se a ave em belo guerreiro. É seu destino, pressentiu. Sabe a que ele vem. E em doce enleio se entregam aos jogos do amor. Leda e o jovem mago. Cúmplices, a lua e o lago.
Ao chegar da aurora , desperta a princesa. Percebendo o cisne em voo, ao longe, parte-se em dor o fio que a prendia. E sua alma alcança o horizonte para eterna busca.
(do livro de contos O Mágico de Nós.)
Tania Diniz
Belo Horizonte-MG- Brasil
www.mulheresemergentes.com



Tania Diniz




PAISAGEM
Tania Diniz

Maravilhada!
Flui a correnteza, os canais,
tempestade adiada.
Silêncios e ais!
Céu de maio, como num raio,
reflete um lago denso e morno,
de promessas abissais.

Tania Diniz
Belo Horizonte-MG- Brasil
www.mulheresemergentes.com

É



IX






LOGOS Nº 15
JULHO 2015



Tânia Diniz





Poesia


Tânia Diniz



PASSEIO NO LOUVRE
Tânia Diniz

I

Vênus de Milo
vê nus
seu(s)
mamilo(s)


II

Monalisa
mão na
mão
alisa
e sorri
controvertido
sorriso
contra o vestido.
III

No Egito
com jóias e
maquilagem
de Cleópatra,
a tumba dos Faraós,
agito
MITOS
Tânia Diniz

O coração flui ternuras em busca de ti:
o beijo além da face, a lança que trespasse.
Oh doce, belo guerreiro, apascenta minh´alma,
ovelha pagã. (Condena o oráculo à espera vã?).
No céu-grafite, noite-neón, fulguram pra mim
estrelas de Órion.

Tania Diniz
Belo Horizonte-MG- Brasil
www.mulheresemergentes.com


FÉNIX

LOGOS Nº 15
JULHO 2015

 Prosa





REQUINTE
Por Tânia Diniz

Sentia-se inspirado esta noite. Aprontou-se com apuro. O espelho devolveu-lhe a imagem perfeita em black-tie. Com um sorriso sensual, passou a mão pelos cabelos e, cantarolando, desceu as escadarias.
O imenso salão do castelo estava primorosamente arranjado, com flores e velas entre fugazes cortinas e espessos tapetes. A grande mesa ao centro, bem preparada.
Deixou a rubra taça sobre o aparador. Um gole lhe bastava.
Sentou-se no único lugar, a ele destinado, bem em frente à imensa salva de prata ao centro da mesa. E, ajeitando o guardanapo de linho branco, com elegante gesto, destampou-a.
Delicioso aroma flamejou-lhe as narinas. Maravilhou-se com o refinamento do cardápio. Entre perfeitas cerejas, cachos de uva, alguns dourados pêssegos afundados em ninhos de fios de ovos e salpicados fígados de pombos, estava a mais delicada iguaria que já lhe fora servida: esplêndida mulher jazia em repouso, apenas coberta a pele de marfim por seus cabelos de ébano.
Educadamente, secou os lábios de vinho e iniciou o ritual do banquete.
Com sábias mãos, percorreu o macio corpo, sentindo que seu calor atingia, assim, quase a elevada temperatura desejável. Envolveu os seios com mãos conhecedoras. Não resistiu, fugiu a todas as regras de etiqueta: provou-os com leves mordidas. E como a carnuda boca o tentasse também, lambeu-a e explorou-a por dentro.
Ao discreto pigarrear do mordomo que entrava, caiu em si. E, de faces coradas pelo deslize, ou talvez, pelo apetite, com finos gestos, tomou dos talheres de prata.
Abriu-lhe delicadamente o peito e devorou-lhe o coração, com tanta elegância que, sequer um  pingo de sangue lhe comprometeu a bem aparada barba azul.

Tania Diniz
Belo Horizonte-MG- Brasil
www.mulheresemergentes.com

l

http://www.carmovasconcelosfenix.org/LOGOS/L16/LOGOS16SET2015POESIA-64.htm


Comentário da amiga Clevane no face:


LINDA, VOCÊ ESTÁ NESSA ANTOLOGIA, COM O BRILHO E A SINGULARIDADE DE SEUS POEMAS.EM MARÇO, DEVE SAIR MAIS UM...PREPARE OS VERSOS...SAUDADES, BEIJOS.


Um comentário:

Unknown disse...

Lindoooo!!!!!! Telma de Jesus