O blog é
voltado para o público amador ou profissional, que escreve na linha da poética,
seja prosa ou poesia (poemas, crônicas, contos curtos, haicai, aldravias,
vaivém…
19
de outubro de 2016 19:38
Tânia
Diniz
Desamada
Chega de romance
Amor, agora, só free lance!
Tânia Diniz São Paulo (SP)
28/8/2016
FORTUNA CRÍTICA
“Desamada”, em um único dístico, Tânia Diniz
apresenta
um eu lírico
desiludido, desapegado, decepcionado com o
amor de
compromisso, como se já tivesse bebido todas
as chances
de um relacionamento sério, como se agora
só lhe
restasse a efemeridade. Ante a passividade dos acontecimentos,
o eu lírico traça um destino free lance, sem
compromissos.
Para Lila Ripoll: “a literatura feita por mulheres
envolve dupla conquista: a conquista da identidade
e a
conquista da escritura. Ultrapassados os
preconceitos e tabus
com relação ao potencial criativo
feminino, vencidos os
condicionamentos de uma ideologia que a manteve
nas margens da cultura, superadas as
necessidades
de apresentar-se sob o anonimato, de usar
pseudônimo masculino
e de
utilizar-se de estratégias para mascarar seu desejo,
a literatura
feita por mulheres, hoje, se engaja num processo de reconstrução da
categoria mulher, enquanto questão de sentido e lugar potencialmente
privilegiado para a reconceptualização do feminino, para a recuperação
de experiências emudecidas pela tradição cultural dominante” (1995, p.
187).
(Ivone
Gomes de Assis)
TÂNIA DINIZ
Graduada em Letras.
Poeta, contista, editora, promotora cultural, professora, palestrante,
oficineira, editora-idealizadora do
mural
poético Mulheres Emergentes (ME). Em 1998, foi secretária,
tradutora e
intérprete na I Bienal Internacional de Poesia de BH.
Diversos trabalhos premiados no Brasil e
exterior.
14
de julho de 2016 14:27
Susto
por Ivone Gomes de Assis
Tânia
Diniz
Susto
Mais te amava
sem saber que me deixavas.
Rompeu-me a alma em sustos.
(Até tu, Brutus?!)
.
Tânia Diniz São Paulo (SP)
12/7/2016
FORTUNA CRÍTICA
“Susto” é um
quase poetrix, em que o eu lírico espanta-se ante
o traiçoeiro abandono da pessoa amada. A
poetisa narra a inocência
daquele que
ama e, por amor, vive sem esperar o desprezo.
Lembrei-me
do possessivo ciúme registrado por Camões, em “Os Lusíadas”, “Cos ciúmes da
vaca, arreceosos, / Sentindo gente, o bruto e cego amante/
Salteia o descuidado caminhante”.
Ora, seguindo
a proposta desta leitura crítica, vale ressaltar
que estas perspectivas emergem do ensejo em
lidar com as
questões que abordam o sentimento de crise
existencial humana,
frente a uma batalha de domínios
infundados sobre o Outro,
em que o resultado é a perda do homem ante seu
próprio assombro.
No poema de Tânia Diniz, parafraseando Geoge
Steven (1953),
ao encontrar-se sem chão, atônica, a poetisa
exclama: “Até tu, Brutus?!”.
(Ivone Gomes de Assis)
TÂNIA DINIZ
Graduada em
Letras. Poeta, contista, editora, promotora cultural,
professora, palestrante,
oficineira,
editora-idealizadora do mural poético Mulheres Emergentes (ME).
Em 1998, foi
secretária, tradutora e intérprete na I Bienal Internacional de Poesia de
BH.
Diversos
trabalhos premiados no Brasil e exterior.
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