segunda-feira, 19 de março de 2018

19 Março  2018  Segunda

Hoje ressuscitei, depois de muito mais de três dias, vencendo as dores e ainda me recuperando, convalescente, recomeço a alegria de nossos encontros aqui !!!!

Mês passado, ao abrir o facebook, a surpresa me assalta e a alegria toma conta !!!
Gratidão Mhario!!!

Meu amadamigo Mhario Lincoln me faz esse presente:

"  Mhario Lincoln adicionou 2 fotos e um vídeo 
https://www.facebook.com/MharioLincolnFS/videos/pcb.10204184656972801/10204184652852698/?type=3
Bem-vinda Tania Diniz. Sempre bem-vinda. Obrigado pelos livros.

RITUAIS DE UM MÁGICO DE NÓS
(*) Mhario Lincoln
O que dizer da prosa poética de Tânia Diniz, advinda numa enxurrada febril nos livros "Rituais" e "O Mágico de Nós"? O que dizer da autora após ler: "Abriu a caixinha de joias e tirou a lua cheia. O quarto, crescente de luz, clareou tanto que as paredes se tornaram transparentes como cristal e ela se assustou. Prendeu logo a lua no cordão de ouro do pescoço e foi namorar. Toda iluminada”.
O que dizer da textura inebriante de Tânia Diniz quando o leitor se vê – amplamente embebido de fuzilante frenesi ao ler: “A pele negra brilhava, suave convite ao amor. Olhos firmes, seios altos, boca larga. Os anéis do cabelo em riste, orgulho da cor, semeado de contas. (...) Desejou-a tanto, na dança que, ao imaginá-la sua, fremente na lança, foi poderoso. E ela, ao longe, como enfeitiçada, sentiu-se trespassada por tanta paixão e, em pleno pátio da tribo, agonizou no chão”.
No seu “O Mágico de Nós” – um sincronizante título – uma prosa-fábula interessantíssima, mostrando uma Tânia de fácil circulação entre as coisas de pétalas e as coisas de espinho, perfumando-se da lírica, sem arranhar-se no exagero subliminar:
“Abrira uma fábrica de beijos com grande sucesso. Eram beijos de despedida, beijos de amor, beijinhos doces, e até beijos roubados (muito procurados). Mas a queda de seu império começou assim que, ambicionando maiores lucros, lançou no mercado, o primeiro beijo-de-judas.” Esse texto mostra a versatilidade da autora em desembrulhar dogmas e transformá-los em fábulas poéticas deliciosas de se ler.
Ou, por outro lado, com satírica e sutil perspicácia, transformá-la igualmente, em hipnose côncava: “Era uma moça meio feinha e tão sem jeito, tão trapalhona que ao beijar com todo o ardor e tão desajeitadamente o seu príncipe encantado, ele se tornou um verde e grande sapo.”
No livro “Rituais”, um parágrafo merece atenção: “Ele gostava de deixar entre as páginas de seus livros e cadernos, pequenas flores, folhas diferentes e até insetos que, desidratados pelo tempo, tornavam-se exóticas lembranças coloridas. Atormentado pela saudade do amor desfeito, pegou a imagem dela em seu coração e colocou-a entre as folhas de seu missal poético. Tempos mais tarde, ao reler o poema predileto, virou a página e descobriu-a. Uma imagem sulcada por finas rugas, amarelada na poeira do tempo e que, apenas, exalou um perfume sutil como um suspiro de anjo. ERA UMA LEMBRANÇA DESIDRATADA PELA DOR DE SE SOBREVIVER À ELA.”
É dessa forma, brincando de equilibrista, que fui lendo os dois livros de Tânia Diniz ao mesmo tempo, como aqueles respeitáveis artistas de semáforos, equilibrando bolas de sonhos. É clara a maneira simples e bela como Tânia escreve. Leve. E como as coisas leves tendem a subir para o infinito, Tânia Diniz subiu imensamente em meu conceito, integrando-se àquela imagem da mulher inebriante, ativa, autora premiada de tantas publicações literárias em Belo Horizonte, criadora do mural poético ‘Mulheres Emergentes’ e do Concurso Internacional de Poesia e Ilustração (ME), além de publicar um magnífico estudo de Haicais (em parceria), chamado “Bashô em Nós”.
Uma mulher com uma verbalização deliciosamente atraente e uma imensa demonstração de vigor e resiliência ao lutar contra alguns percalços inimagináveis em sua vida pessoal.
Indiscutivelmente Tânia Diniz é um grande nome literário em Minas Gerais. Sua sagacidade é reconhecida e aplaudida. Por isso é uma militante da área, com muitíssimo prestígio. Agora, junta tudo isso à forma ‘delicadamente feroz’, como esparge seus pensamentos em seus livros de prosa-poética e o resultado é: “Borralheira apaixonada em princesa se desdobra. Mas, no meio da noite, desiludida, virou abóbora (...)”. Ou seja, para um bom entendedor...
Parabéns Tânia Diniz. Estou deveras feliz por anexar à minha biblioteca esses dois trabalhos seus que me ajudarão a escrever sobre outras pessoas e a ter sentimentos ainda maiores por você.

Mhario Lincoln, Presidente da Academia Poética Brasileira. Curitiba-PR. Fevereiro de 2018. "

 Acessem os vídeos abaixo e verão que delícia!!!  bjim, chau

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